Rua de Assunção durante cheia do rio Paraguai: bairros ribeirinhos foram totalmente alagados (Jorge Adorno/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2014 às 14h33.
Assunção - O rio <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/paraguai">Paraguai</a></strong> subiu nesta terça-feira mais quatro centímetros e o nível chegou aos 7,19 metros no porto de Assunção, e continua a empurrar as águas para o interior da cidade, depois de já ter alagado completamente os bairros ribeirinhos.</p>
Depois das chuvas torrenciais da semana passada, hoje o dia amanheceu sem chuva.
A previsão é que as temperaturas subam e só haja chuvas leves dispersas na segunda metade da semana.
Segundo o relatório desta terça-feira da direção de Meteorologia e Hidrologia, o nível do rio alcançou os 7,19 metros na capital, o que fez com que 75.800 pessoas deixassem suas casas por causa do transbordamento do rio, segundo o Município de Assunção.
Até o momento 231.360 foram vítimas das enchentes ocasionadas pelas chuvas nos últimos meses, segundo a Secretaria de Emergência Nacional (SEN).
Dos 68 bairros de Assunção, a cidade mais atingida pelas inundações, 17 sofreram com a alta das águas, segundo o Ministério da Saúde.
A maioria deles está nas áreas mais baixas da cidade, na margem do rio Paraguai onde vive a população mais pobre.
Eles foram levados para os terrenos de dois quartéis e de uma prisão militar ou para os 91 novos assentamentos que eles mesmos construíram com lonas, chapas e madeiras em ruas e praças.
A direção de Meteorologia e Hidrologia prevê que o leito do rio Paraguai descerá nos próximos meses, mas que voltará a subir no final do ano, durante a época de chuvas, que devem ser mais intensas do que o normal por causa da provável influência do fenômeno El Niño.
El Niño é um aumento periódico da temperatura média na superfície do oceano na zona central e oriental do Pacífico tropical, que afeta o clima mundial.