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Revoltado, Israel planeja construir 3 mil casas

Construção chega em resposta à posse do governo de unidade palestino apoiado pelos islâmicos do Hamas

Mahmoud Abbas se encontra com ministros do novo governo de unidade, na Cisjordânia (Majdi Mohammed/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 21h27.

Jerusalém - Israel anunciou nesta quinta-feira que planeja construir cerca de 3 mil casas para colonos em território ocupado em resposta à posse do governo de unidade palestino apoiado pelos islâmicos do Hamas, que se opõem à existência do Estado judeu.

O ministro da Habitação israelense, Uri Ariel, disse ter aberto licitação para a construção de 1.500 unidades habitacionais. Autoridades israelenses disseram que além disso o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ordenou o planejamento de outras 1.500 residências para colonos.

“Quando se cospe em Israel, o país tem que fazer algo a respeito”, declarou Ariel à Rádio Israel, acrescentando que propostas de construção foram emitidas como reação ao que classificou como “governo palestino terrorista”.

Indagado sobre quem insultou Israel, Ariel, membro da extrema-direita do gabinete de Netanyahu, respondeu: “Nossos vizinhos, e até certo ponto o mundo.” Netanyahu já havia expressado “profunda decepção” com a decisão dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, de conversar com a administração palestina a despeito dos pedidos israelenses para que a evitassem, embora o gabinete seja composto tão somente de tecnocratas.

Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, cujo acordo de reconciliação com o Hamas ensejou o novo governo, declarou: “A liderança palestina irá reagir a esta nova atividade de assentamento de maneira inédita”, sem dar detalhes.

Ariel não citou locais, mas a mídia de Israel relatou que as novas casas serão erigidas em sete assentamentos na Cisjordânia, algumas em áreas que Israel anexou a Jerusalém após a Guerra dos Sete Dias de 1967.

O anúncio de Israel atraiu amplo repúdio das potências mundiais, incluindo de seu maior aliado em Washington.

“Como temos dito reiteradamente, estas ações não ajudam e são contraproducentes para que se alcance uma solução de dois Estados... continuamos a ver os assentamentos como ilegítimos, e exortamos os dois lados a conter ações que não ajudam, aumentam a tensão e minam os esforços para se encontrar um caminho para uma solução de dois Estados”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, aos repórteres em Washington.

Ariel acusou Washington de romper um entendimento com Israel de que não dialogaria com o novo governo de unidade palestino.

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O ministro da Habitação israelense, Uri Ariel, disse ter aberto licitação para a construção de 1.500 unidades habitacionais. Autoridades israelenses disseram que além disso o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ordenou o planejamento de outras 1.500 residências para colonos.

“Quando se cospe em Israel, o país tem que fazer algo a respeito”, declarou Ariel à Rádio Israel, acrescentando que propostas de construção foram emitidas como reação ao que classificou como “governo palestino terrorista”.

Indagado sobre quem insultou Israel, Ariel, membro da extrema-direita do gabinete de Netanyahu, respondeu: “Nossos vizinhos, e até certo ponto o mundo.” Netanyahu já havia expressado “profunda decepção” com a decisão dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, de conversar com a administração palestina a despeito dos pedidos israelenses para que a evitassem, embora o gabinete seja composto tão somente de tecnocratas.

Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, cujo acordo de reconciliação com o Hamas ensejou o novo governo, declarou: “A liderança palestina irá reagir a esta nova atividade de assentamento de maneira inédita”, sem dar detalhes.

Ariel não citou locais, mas a mídia de Israel relatou que as novas casas serão erigidas em sete assentamentos na Cisjordânia, algumas em áreas que Israel anexou a Jerusalém após a Guerra dos Sete Dias de 1967.

O anúncio de Israel atraiu amplo repúdio das potências mundiais, incluindo de seu maior aliado em Washington.

“Como temos dito reiteradamente, estas ações não ajudam e são contraproducentes para que se alcance uma solução de dois Estados... continuamos a ver os assentamentos como ilegítimos, e exortamos os dois lados a conter ações que não ajudam, aumentam a tensão e minam os esforços para se encontrar um caminho para uma solução de dois Estados”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, aos repórteres em Washington.

Ariel acusou Washington de romper um entendimento com Israel de que não dialogaria com o novo governo de unidade palestino.

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