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Representante diz que Israel não vai libertar prisioneiros

Governo israelense mudou de ideia e não vai libertar no sábado o quarto e último contingente de prisioneiros, afirmou o dirigente palestino Jibril Rajub

Dirigente palestino Jibril Rajub: o governo israelense se recusou a comentar a informação (Abbas Momani/AFP)

Dirigente palestino Jibril Rajub: o governo israelense se recusou a comentar a informação (Abbas Momani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 09h05.

Ramallah - O governo israelense mudou de ideia e não vai libertar no sábado o quarto e último contingente de prisioneiros, afirmou à AFP o dirigente palestino Jibril Rajub.

"O governo israelense nos informou, por meio do mediador americano, que não vai cumprir com o compromisso de libertar o quarto contingente de prisioneiros, previsto para sábado 29", declarou Rajub, um dia depois de um encontro entre o presidente palestino Mahmud Abbas e o emissário americano Martin Indyk.

Procurado pela AFP, o governo israelense se recusou a comentar a informação.

"Israel se nega a respeitar a lista estabelecida de nomes de prisioneiros, todos eles detidos em prisões israelenses desde antes dos acordos de Oslo de 1993", disse o dirigente palestino.

Rajub é membro do Comitê Central do Fatah, o movimento de Mahmud Abbas. Ele chamou a decisão israelense de "tapa na administração americana e em seus esforços".

Em uma reunião na quarta-feira em Amã com o secretário de Estado americano John Kerry, Abbas se negou a abordar qualquer tema antes da libertação do quarto contingente de presos, afirmou uma fonte palestina, que pediu anonimato, à AFP.

O acordo, que permitiu em julho do ano passado a retomada das negociações de paz, prevê a libertação gradativa de 104 prisioneiros palestinos detidos antes dos acordos de Oslo de 1993, em troca da suspensão pelos palestinos das iniciativas para integrar organizações internacionais.

O governo israelense libertou os três primeiros grupos de 26 prisioneiros cada, mas já havia antecipado que poderia cancelar a libertação do quarto contingente pela crise na relação com os palestinos.

As partes discordam especialmente da lista de prisioneiros, que inclui 14 árabes-israelenses, que o governo de Israel não deseja libertar por motivos de soberania nacional.

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