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Representante da UE admite que será difícil manter acordo nuclear com Irã

Antes de se reunir com ministros do Reino Unido, da França, da Alemanha e do Irã, Federica Mogherini destacou necessidade de esforços multilaterais

Mogherini: "Não somos ingênuos, sabemos que será difícil para todas as partes, mas estamos juntos para garantir a segurança do acordo de não-proliferação" (Mladen Antonov/AFP)
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EFE

Publicado em 15 de maio de 2018 às 18h36.

Bruxelas - A Alta Representante para a Política Externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, reconheceu nesta terça-feira que será difícil manter o acordo nuclear com o Irã após a saída dos Estados Unidos, mas disse confiar que os envolvidos encontrarão uma forma para cumprir com o combinado no pacto.

"Não somos ingênuos, sabemos que será difícil para todas as partes, mas estamos juntos para garantir a segurança do acordo de não-proliferação", disse Mogherini ao chegar em uma reunião onde discutirá o pacto com os ministros de Relações Exteriores do Reino Unido, da França, da Alemanha e do próprio Irã.

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Segundo Mogherini, manter o acordo exigirá "esforços" em um entorno difícil para UE, o Irã e outros atores que têm relações com o país, como a Rússia e a China.

Na reunião, os chanceleres discutirão as medidas que podem ser tomadas para proteger os investimentos europeus e os interesses de segurança estratégica do bloco. Os ministros também trocaram ideias sobre passos concretos a serem tomados nas próximas semanas.

Para Mogherini, o Irã também precisará demostrar que quer seguir no acordo, reafirmando compromisso de que irá aplicá-lo.

O acordo, que limita o programa atômico do Irã em troca do fim das sanções econômicas contra o país, foi assinado em 2015.

Em particular, o pacto estabeleceu que o Irã permitiria que inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) fiscalizassem as instalações nucleares do país.

A AIEA afirmou que o Irã se sujeitou ao regime de verificação mais robusto do mundo e que até o momento cumpriu com todos os itens previstos no acordo assinado há três anos.

Apesar disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na semana passada que o país deixaria o pacto multilateral. EFE

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