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Renúncia de premiê do Líbano é um plano, diz Irã

Para o Irã, a renúncia é parte de um plano para desestabilizar o Oriente Médio

Irã: o país, junto com o Hezbollah, apoia o regime de Bashar al Assad na Síria (Athit Perawongmetha/Reuters)

Irã: o país, junto com o Hezbollah, apoia o regime de Bashar al Assad na Síria (Athit Perawongmetha/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de novembro de 2017 às 16h10.

Teerã, 4 nov (EFE).- O Irã negou neste sábado as acusações de ingerência no Líbano feitas pelo ex-primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, e afirmou que sua renúncia é parte de um plano para desestabilizar o Oriente Médio.

"A repetição pelo primeiro-ministro libanês das acusações absurdas e infundadas dos sionistas, sauditas e americanos contra o Irã mostra que sua renúncia é um novo plano para criar tensões no Líbano e na região", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi.

"O Irã sempre respeitou a independência e a estabilidade do Líbano. Acreditamos que o povo resistente do Líbano superará essa etapa com facilidade", afirmou.

Hariri anunciou hoje na Arábia Saudita, rival regional do Irã, sua renúncia ao cargo de forma inesperada por temer um atentado contra sua vida. No discurso, afirmou que o Irã quer provocar "conflitos e destriuição", acusando o grupo xiita Hezbollah, apoiado por Teerã, de impor seu status pela força das armas.

Para Qasemi, a repentina renúncia e o fato de o anúncio ter sido feito em outro país causa pena. Segundo o porta-voz, o vencedor desse jogo não são os países árabes, mas sim o regime de Israel.

"A República Islâmica do Irã sempre busca a paz e a estabilidade nos países da região. Por isso, a luta contra os grupos extremistas é a prioridade das nossas políticas regionais", destacou.

O Irã, junto com o Hezbollah, apoia o regime de Bashar al Assad na Síria contra os grupos terroristas e a oposição armada.

Líder da coalizão anti-Síria 14 de Março, Hariri assumiu o cargo de primeiro-ministro em dezembro para comandar um governo de unidade, também integrado pelo Hezbollah.

A renúncia ocorreu um dia depois de ele ter recebido, em Beirute, Ali Akbar Velayati, influente assessor do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que disse que a República Islâmica apoia e protege a independência e o governo do Líbano.

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