Mundo

Líbano frustrou atentado contra Hariri, aponta imprensa

O grupo que preparava o atentado desligou as câmeras das torres de vigilância que havia na rota por onde passaria a comitiva do primeiro-ministro em Beirute

Saad Hariri: primeiro-ministro renunciou neste sábado (Jan Hennop/AFP/AFP)

Saad Hariri: primeiro-ministro renunciou neste sábado (Jan Hennop/AFP/AFP)

E

EFE

Publicado em 4 de novembro de 2017 às 16h29.

Cairo/Beirute, 4 nov (EFE).- As forças de segurança libanesas frustraram há poucos dias um atentado contra o primeiro-ministro do país, Saad Hariri, que renunciou neste sábado e denunciou um complô para assassiná-lo, informou a rede de televisão "Al Arabiya".

O canal saudita, no qual Hariri anunciou seu renúncia, explicou que o grupo que preparava o atentado desligou as câmeras das torres de vigilância que havia na rota por onde passaria a comitiva do primeiro-ministro em Beirute.

A "Al Arabiya" não ofereceu mais detalhes sobre a tentativa de assassinato e também não revelou sua fonte.

O escritório de comunicação da Direção Geral das Forças de Segurança do Líbano negou em comunicado ser a fonte da informação da "Al Arabiya" e esclareceu que não tem dados relativos a esse suposto atentado frustrado.

Ao anunciar sua renúncia desde Riad, Hariri afirmou que o Líbano vive um clima "similar" ao de 2005 nos dias prévios ao assassinato de seu pai, o então primeiro-ministro Rafik Hariri.

"Sei que estão confabulando em segredo contra a minha vida", disse Hariri no discurso, sem esclarecer quem está por trás dessa suposta conspiração.

Hariri também criticou o grupo xiita Hezbollah e o Irã, país ao qual acusou de "tutelar" a política libanesa e de "provocar conflitos e destruição" no mundo árabe.

Rafik Hariri foi assassinado em 14 de fevereiro de 2005 em um atentado com caminhão-bomba em Beirute, que deixou também 21 mortos e mais de 200 feridos.

O Tribunal Especial para o Líbano, que investiga este caso, acusou cinco membros de Hezbollah de terem executado o atentado, mas o grupo xiita rejeitou entregá-los à justiça internacional alegando que é um instrumento em mãos dos Estados Unidos e Israel. EFE

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosHezbollahIrã - PaísLíbanoOriente Médio

Mais de Mundo

Como a província chinesa de Fujian resolveu problemas de produção escassa de alimentos

Comunidade empresarial chinesa faz apelo aos EUA para cancelarem medidas de tarifas sobre produtos

Netanyahu nega propostas para governo civil palestino em Gaza

EUA afirma que China 'não pode ter' Rússia e Ocidente simultaneamente

Mais na Exame