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Reino Unido sofre para identificar vítimas na Tunísia

Muitos das pessoas que morreram no atentado terrorista não levavam pertences no momento do ataque


	Mortes: turistas britânicos que estavam no hotel de Sousse não tinham na praia passaporte
 (REUTERS/Zoubeir Souissi)

Mortes: turistas britânicos que estavam no hotel de Sousse não tinham na praia passaporte (REUTERS/Zoubeir Souissi)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2015 às 13h40.

Londres - A ministra de Interior do Reino Unido, Theresa May, admitiu neste domingo as dificuldades para identificar as vítimas mortais do atentado de sexta-feira na Tunísia porque muitas delas não levavam pertences no momento do ataque.

Em entrevista à "BBC", May disse que os turistas britânicos que estavam no hotel de Sousse não tinham na praia passaporte ou outra forma de identificação.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou por enquanto a morte de 15 britânicos, mas disse esperar que o número final de vítimas mortais do Reino Unido seja muito mais alta.

Segundo as autoridades tunisianas, 38 pessoas morreram no ataque sexta-feira contra o hotel Imperial Marhaba, em Porto El Kantaui, próximo a Sousse.

"Pelas circunstâncias do ataque, as pessoas não teriam documentos, nem teria necessariamente telefone", assinalou Mai, e acrescentou que "é preciso reconhecer que esta é a mais importante perda de vidas em um ataque terrorista desde 7/7 (os atentados de 7 de julho de 2005 em Londres)".

Além disso, a responsável de Interior esclareceu que não há prova alguma que indique que o autor do atentado, identificado como Seifeddinee Rezgui, tenha escolhido Sousse por ser um destino muito frequentado por turistas britânicos.

No entanto, ressaltou que a ameaça terrorista contra o Reino Unido é cada vez mais "diversificada" e não se devem descartar possíveis ataques espontâneos por parte de terroristas que atuam sozinhos.

May preside hoje uma terceira reunião do comitê de emergência Cobra, formado pelos principais ministros do governo e os serviços de segurança, para abordar o ataque na Tunísia.

Enquanto isso, os principais operadores de turismo continuam hoje com a repatriação de milhares de britânicos que decidiram deixar a Tunísia.

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