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Rei do Marrocos perdoa jornalista acusada de praticar aborto ilegal

Jornalista negou as acusações e disse ter tido julgamento político; além dela, seu namorado e a equipe médica detida junto com eles também receberam indulto

Hajar Raissuni: jornalista denunciou um julgamento "político" e afirmou que havia sido tratada de uma hemorragia interna (AFP/AFP)

Hajar Raissuni: jornalista denunciou um julgamento "político" e afirmou que havia sido tratada de uma hemorragia interna (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 16h24.

O rei do Marrocos indultou a jornalista Hajar Raissuni, que havia sido sentenciada a um ano de prisão por "aborto ilegal" e manter "relações sexuais fora do casamento", informou nesta quarta-feira (16) em um comunicado o ministério da Justiça de Rabat.

Segundo o comunicado, o indulto real foi concedido à mulher de 28 anos, seu namorado e a equipe médica detida junto com eles.

A repórter do jornal em árabe Ajbar Al Yaum será libertada "nas próximas horas", assim como seu namorado e o ginecologista condenados, disse à AFP uma fonte do governo.

Após sua prisão, a jornalista denunciou um julgamento "político" e afirmou que havia sido tratada de uma hemorragia interna, algo que seu ginecologista confirmou em um tribunal de Rabat.

Durante o julgamento, o namorado da jornalista também foi sentenciado a um ano de prisão. O médico, a dois anos e o anestesista e uma secretária, a um ano e a oito meses de prisão, respectivamente.

Essas condenações provocaram reações de indignação nas redes sociais, na mídia do Marrocos e no exterior, com críticas de feministas e de defensores dos direitos humanos pela situação das liberdades individuais no reino.

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