Região da Baía de Guanabara vai receber R$ 4,5 mi para saneamento
Segundo o governo, pelo menos 14 municípios irão partcipar do projeto que visa tratar todo o esgoto que chega ao local
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 16h36.
Rio de Janeiro – O governo do Rio de Janeiro vai destinar R$ 4,5 milhões para que 14 municípios do entorno da Baia de Guanabara elaborem planos regionais de saneamento da região, em atendimento a uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a Olimpíada de 2016.
De acordo com o subsecretário estadual do Ambiente, Luiz Firmino, o objetivo é tratar a totalidade dos esgotos que vão hoje para a Baía de Guanabara e torná-la inteiramente limpa. Firmino disse que um estudo mostra o que já existe e o que ficou do antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG).
Segundo Firmino, o conjunto de obras inclui a interligação dos coletores-tronco com as estações de tratamento, além da construção de novas estações. "Basicamente. vamos colocar as estações do PDGB, que não estavam em uso, em pleno funcionamento. O programa permitirá que voltemos a ter a Baía de Guanabara em condições sanitárias.”
As intervenções beneficiarão o Rio de Janeiro e municípios da Baixada Fluminense, além de Itaboraí e São Gonçalo. Atualmente, 30% do esgoto fluminense é tratado. A intenção é dobrar esse número até 2016. Para isso, o projeto foi submetido ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, que aprovou R$ 800 milhões de recursos para as ações, com contrapartida do estado de R$ 330 milhões.
Para a presidente da organização não governamental (ONG) Instituto Baía de Guanabara, Dora Hees, muito pouco foi feito nos últimos anos a respeito dos esgotos domésticos. A ambientalista, no entanto, afirmou que houve grandes avanços na questão de despejo de resíduos industriais. Dora Hees apontou o lixo urbano como um dos grandes inimigos da Baía da Guanabara.
Ela defendeu a realização de uma grande campanha sobre o lixo, porque todos os resíduos urbanos que ficam espalhados no chão são levados pelas águas da chuva para os rios e para a baía. "Tratar 100% do esgoto de uma população muito grande é difícil. É preciso ter a colaboração de todos, que precisam estar informados do mal que causam”, disse a ambientalista.