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Reforma ministerial começa depois do dia 23, dizem fontes

Um assessor da presidente confirmou que Dilma não deve fazer anúncios de nomes para o primeiro escalão antes do final do mês

Para Dilma, uma das formas de enfrentamento da crise foi a decisão tomada pela Cúpula do Mercosul, de incluir mais 100 itens na cesta de produtos com tarifas especiais (Antonio Cruz/Abr)

Para Dilma, uma das formas de enfrentamento da crise foi a decisão tomada pela Cúpula do Mercosul, de incluir mais 100 itens na cesta de produtos com tarifas especiais (Antonio Cruz/Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 18h43.

Brasília - O ponta-pé inicial da reforma ministerial do governo Dilma Rousseff, a troca no comando do Ministério da Educação, não acontecerá antes do dia 23, disse um ministro à Reuters nesta terça-feira.

O atual titular, Fernando Haddad, deixará o cargo para concorrer à prefeitura de São Paulo pelo PT e a esperada efetivação em seu lugar de Aloizio Mercadante, hoje na pasta da Ciência e Tecnologia, era prevista por integrantes de ambas as pastas para ocorrer na próxima semana. Os dois já estão conversando sobre a transição no ministério.

O principal motivo para postergar o anúncio, segundo o ministro que falou sob a condição de anonimato , é a preocupação da presidente com os efeitos das chuvas na maior parte do país. Desde que voltou de férias, Dilma tem cobrado diariamente de seus ministros ações para minimizar os estragos causados pelas enchentes.

Após uma reunião com a participação da presidente, o governo anunciou na segunda-feira a criação de uma força-tarefa para enfrentar o problema na região Sudeste, a mais afetada.

Um assessor da presidente confirmou que Dilma não deve fazer anúncios de nomes para o primeiro escalão antes do final do mês. Além das chuvas, citou a definição de prioridades para o segundo ano do mandato como justificativa para esse cronograma .

Dilma, segundo o mesmo assessor, quer ainda analisar com cuidado os nomes que indicará para o primeiro escalão. Além de um nome para a Ciência e Tecnologia, é certo que a presidente irá indicar um novo nome para o Ministério do Trabalho, que está sob interinidade desde a demissão de Carlos Lupi (PDT), no início de dezembro. Outras substituições devem ocorrer.

Segundo outro ministro ouvido pela Reuters, a presidente não tem aberto a discussão com aliados sobre novos nomes para o primeiro escalão. "A reforma ministerial ainda está apenas na cabeça da presidente", disse esse ministro.

Dilma viaja no final do mês para Cuba e Haiti. Antes, sua agenda prevê a participação no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no dia 25 de janeiro. Ela já decidiu que não irá ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

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