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Reforma da seguridade social alemã está longe do fim

Ministro das Finanças da Alemanha diz que poderá ser necessário aumentar impostos para cobrir as despesas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

O ministro das Finanças da Alemanha, Peer Steinbrück, disse ao jornal Financial Times que as questões referentes à reforma do país - em função da sobrecarga gerada pelo sistema de bem-estar social - ainda estão em discussão, já que as propostas de reorganização da chanceler Angela Merkel poderiam levar décadas.

As dificuldades que o país vem enfrentando devido aos exageros do estado de bem-estar social, descritas na reportagem O modelo que ruiu de EXAME, pautaram toda a campanha eleitoral no ano passado na Alemanha. Apesar disso, não há um consenso de como resolver o problema. De acordo com Steinbrück, poderá ser necessário aumentar os impostos de forma gradual para cobrir o rombo de 140 bilhões de euros gerado pelo sistema.

A terceira maior economia do mundo tem crescido apenas 1,4% ao ano, em média, desde a reunificação, em 1989. O índice de desemprego, de cerca de 11%, é o maior desde a Segunda Guerra e elevados custos trabalhistas têm afugentado investimentos. O sistema de seguridade social, a exemplo do que ocorre em muitas economias, chegou a uma encruzilhada. Estima-se que a população alemã comece a encolher já em 2013, pressionando ainda mais o sistema num país com uma dívida pública que já ultrapassa 1,5 trilhão de dólares.

Segundo o ministro alemão, o pacote de medidas acordado na última semana, que prevê receita de 9 bilhões de euros com impostos, deverá ser implementado a partir de 2013 para financiar os gastos da saúde. "É um erro acreditar que os custos de saúde podem ser revistos no orçamento atual. Eles terão que ser refinanciados", afirma Steinbrück.

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