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Rede de roubo de dados na internet é desmantelada na Alemanha

Segundo a Promotoria de Verden (norte da Alemanha), foram apreendidos 39 servidores e centenas de milhares de domínios

Roubo de dados: foram identificadas 16 pessoas suspeitas de participar da rede em dez países (./Thinkstock)
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EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 16h42.

Berlim - As autoridades alemãs informaram nesta quinta-feira a desarticulação da maior rede de fraude e o roubo de dados na internet no mundo após uma investigação de quatro anos que envolveu 41 países.

Segundo a Promotoria de Verden (norte da Alemanha), foram apreendidos 39 servidores e centenas de milhares de domínios.

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Além disso, foram identificadas 16 pessoas suspeitas de participar da rede em dez países, sendo seu principal alvo os usuários que fazem operações bancárias pela internet.

Sete desses suspeitos já têm ordem de prisão emitida pela justiça alemã, acusados de fraude e formação de quadrilha.

Em entrevista coletiva, o ministro de Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, se mostrou satisfeito com a operação "sem precedentes" contra as redes criminosas no ciberespaço.

Os investigadores indicaram que a rede tinha como prática, pelo menos desde 2009, o "phishing" (envio de e-mails fraudulentos para roubar dados privados de usuários), e enviava correntes de spam (e-mails não desejados).

Calcula-se que a cada semana a rede era capaz de enviar até um milhão de e-mails com arquivos danosos ou endereços de internet fraudulentos, com os quais infectavam o computador do receptor para invadí-lo.

O alvo principal eram clientes de bancos que faziam operações bancárias pela internet, e o dinheiro roubado gira em dos 6 milhões de euros, em 1.336 fraudes, embora os danos reais tenham sido muito maiores.

Só na Alemanha, a rede conseguiu invadir os computadores de mais de 50 mil vítimas.

Na investigação cooperaram com a justiça alemã o FBI, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e autoridades judiciais de 39 países.

Com apoio do Eurojust e da Europol foram realizadas operações em dez países.

Segundo a Promotoria de Verden, os suspeitos identificados têm origem em dez países diferentes, motivo pelo qual não será possível levar todos à justiça alemã pela falta de acordos de extradição.

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