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Rebeldes tomam base antiaérea em Donetsk, na Ucrânia

Rebeldes pró-Rússia tomaram base de defesa antiaérea do exército ucraniano na cidade de Donetsk, admitiu porta-voz

Rebeldes pró-Rússia em Donetsk, Ucrânia: ataque à base aconteceu ontem (Shamil Zhumatov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 10h27.

Kiev - Os rebeldes pró- Rússia tomaram uma base de defesa antiaérea do exército ucraniano na cidade de Donetsk, reconheceu nesta segunda-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia (SNBO, na sigla em ucraniano), Andrei Lisenko.

O ataque à base "com fogo de lança-granadas e morteiros" aconteceu ontem, informou Lisenko, que afirmou que os oficiais da unidade renderam o quartel apenas após "avariar toda a maquinaria militar".

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Entre o armamento apreendido pelos milicianos há um sistema móvel de lançador de mísseis terra-ar "Buk", capaz de derrubar todo tipo de aeronave, embora segundo as autoridades ucranianas esteja estragado.

Faltando poucas horas para expirar o alto de fogo prorrogado pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, até as 22h locais de hoje (16h de Brasília), os conflitos não param nas regiões de Donetsk e Lugansk.

A Guarda Nacional da Ucrânia, cuja retirada das duas regiões exigem os líderes pró-Rússia, dá os últimos passos para terminar de cercar a cidade de Slaviansk, símbolo e bastião da rebelião pró-russa que começou em meados de abril.

"A Guarda Nacional atacou nossas posições na cidade de Nikoláyevka (ao leste de Slaviansk). Se tomarem Nikoláyevka, Slaviansk ficará totalmente cercada", disse à agência russa "RIA Novosti" um porta-voz das milícias que combatem na cidade.

Justamente através de Nikoláyevka e da vizinha cidade de Séversk passa a última rota que conecta Slaviansk ao resto do mundo, uma via que permite abastecer a cidade com alimentos e água, e de armas e reforços para os rebeldes.

Após quase dez dias do suposto cessar-fogo, de cuja violação se acusaram mutuamente os dois bandos enfrentados no sudeste do país, Ucrânia parece estar pronta para lançar a ofensiva definitiva contra os insurgentes.

"Certamente já temos um plano", respondeu Lisenko aos jornalistas que lhe perguntaram sobre as ações que empreenderão as forças ucranianas depois que expire o cessar-fogo.

Enquanto isso, a comunidade internacional deposita suas esperanças no presidente da Ucrânia, que pode impedir um novo recrudescimento do conflito se decidir voltar a prorrogar o cessar-fogo.

Para isso, Poroshenko voltará a manter hoje uma conversa telefônica de quatro lados com seu colega russo, Vladimir Putin, e os líderes da Alemanha e França, Angela Merkel e François Hollande, respectivamente.

Kiev, no entanto, associa essa responsabilidade à Rússia, que trata como parte beligerante no conflito e atribui a capacidade de coagir os rebeldes para obrigá-los a depor as armas.

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