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Rebeldes líbios concordam em encerrar ocupação de portos

Segundo líder, grupo concordou com o governo em acabar dentro de alguns dias com a ocupação de portos vitais de exportação de petróleo


	Funcionários da Waha Oil Company protestam contra a venda de petróleo a um navio com bandeira da Coreia do Norte no porto de Es Sider, em Trípoli
 (Ismail Zitouny/Reuters)

Funcionários da Waha Oil Company protestam contra a venda de petróleo a um navio com bandeira da Coreia do Norte no porto de Es Sider, em Trípoli (Ismail Zitouny/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 20h43.

Trípoli - Um grupo rebelde do leste da Líbia concordou com o governo em acabar dentro de alguns dias com a ocupação de portos vitais de exportação de petróleo, disse um importante líder à Reuters nesta terça-feira, aumentando as esperanças de acabar com um impasse de oito meses que está minando as receitas do Estado e semeando o caos no país.

Não houve comentário imediato do governo em Trípoli, que vem tentando desde agosto pôr fim à ocupação de três portos no leste da Líbia, os quais anteriormente respondiam pelo escoamento de mais de 600.000 barris de petróleo por dia.

A disputa pelo petróleo é apenas um aspecto da turbulência no país, onde o fraco governo central é incapaz de controlar dezenas de milícias que ajudaram a derrubar Muammar Gaddafi em 2011, mas que se recusam a depor as armas e estão tentando se apoderar de uma parcela do poder ou da riqueza do petróleo.

As conversas com os rebeldes do leste avançaram depois que a Marinha dos Estados Unidos capturou um navio-tanque que tinha sido carregado de petróleo em um porto rebelde, eliminando as esperanças de seus líderes de vender o produto passando por cima do governo central, o que os levou a buscar um acordo.

O governo já havia concordado com uma demanda dos rebeldes, de libertação de três de seus combatentes que haviam embarcado num petroleiro em Es Sider, em um dos três portos apreendidos pelo grupo em agosto para pressionar por autonomia e uma maior parcela da riqueza do petróleo.

"A questão do porto petrolífero será resolvida dentro de dias", disse Abb-Rabbo al-Barassi, primeiro-ministro autodeclarado do grupo rebelde. "Nós concordamos em todos os pontos com o governo em Trípoli." (Reportagem de Feras Bosalum e Ulf Laessing)

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