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Rebeldes do Sudão dizem para o mundo acordar para guerra

Principal aliança rebelde afirmou que as atrocidades no Sudão eram tão ruins quanto aquelas na Síria


	Soldados do Movimento de Libertação do Povo do Sudão: país tem sofrido décadas de conflitos
 (Adriane Ohanesian/AFP)

Soldados do Movimento de Libertação do Povo do Sudão: país tem sofrido décadas de conflitos (Adriane Ohanesian/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 20h59.

Paris - A principal aliança rebelde que enfrenta o presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, pediu nesta quinta-feira para que o mundo "acorde" para a guerra, dizendo que as atrocidades no Sudão eram tão ruins quanto aquelas na Síria.

O Sudão tem sofrido décadas de conflitos. O combate tem se intensificado nos Estados do Nilo Azul e de Kordofan do Sul, desde que o Sudão do Sul se tornou independente em 2011, enquanto os esforços internacionais não conseguiram trazer a paz para a região de Darfur, no oeste.

Falando em Paris durante uma rara visita de lobby à Europa, o presidente da Frente Revolucionária do Sudão (FRS) acusou Bashir de explorar a preocupação do mundo com guerras como as da Síria e do Mali para tentar esmagar os rebeldes e matar civis por meio de bombardeios indiscriminados e inanição.

"Estamos aqui para apresentar o nosso caso. É um grito para a comunidade internacional acordar e ajudar a acabar com esta guerra", disse Malik Agar, que foi destituído do cargo de governador do Nilo Azul e, posteriormente, ingressou na FRS em 2011.

"A situação está ficando pior porque o governo não está dando acesso à região, a falta de alimentos está sendo usada como uma arma e a guerra está em andamento. Estamos lutando, mas estamos prontos para parar se houver uma paz duradoura." Cartum sempre negou alvejar civis, dizendo que apenas bombardeia áreas controladas por rebeldes. O governo não deu nenhuma resposta imediata para as últimas acusações.

Agar está em Paris no início de uma viagem que também incluirá paradas em Bruxelas, Noruega e Alemanha. Após divisões e discórdias entre rebeldes, o FRS tenta mostrar unidade e conter o descontentamento geral com o governo depois que o aumento dos combustíveis provocou tumultos de rua.

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