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Rebeldes denunciam ataque armado contra manifestantes no Iêmen

Bombardeio foi dirigido contra uma atividade para pedir a queda do regime, que ocorre em outras zonas do país

O Iêmen é cenário desde 27 de janeiro de uma série de protestos políticos contra o regime de Ali Abdullah Saleh (Mohammed Huwais/AFP)

O Iêmen é cenário desde 27 de janeiro de uma série de protestos políticos contra o regime de Ali Abdullah Saleh (Mohammed Huwais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2011 às 07h17.

Sana - Um movimento rebelde xiita que opera no norte do Iêmen denunciou que o Exército iemenita reprimiu com fogo de artilharia nesta sexta-feira uma manifestação de protesto, o que deixou saldo de dezenas de vítimas, entre mortos e feridos.

O ataque aconteceu no início desta sexta-feira na localidade de Harf Sufian, na província de Amran, segundo indicou em comunicado os insurgentes "hutíes", um grupo que pegou em armas em 2004 contra o regime de Ali Abdullah Saleh.

O comunicado, assinado pelo líder do grupo insurgente, Abdel Malek al Huti, disse que o bombardeio foi dirigido contra uma "atividade pacífica para pedir a queda do regime", assim como ocorre em outras zonas do país.

"Durante o protesto em Harf Sufian para denunciar a corrupção e a pedir mudança do regime, os manifestantes foram bombardeados, o que deixou dezenas de vítimas, entre mortos e feridos", acrescentou o comunicado, sem dar mais detalhes.

O Iêmen, o país mais pobre da península arábica, é cenário desde 27 de janeiro de uma série de protestos políticos contra o regime de Saleh que se concentraram na capital do país, Sana, e na cidade portuária de Áden, a segunda mais importante.

Os rebeldes "hutíes" são seguidores da seita xiita zaydí, que só existe no Iêmen e à qual pertence um terço da população do país, incluindo o próprio presidente iemenita.

Estes insurgentes pegaram em armas em 2004, dirigidos por Hussein al Huti, pai do atual líder e que morreu em setembro desse mesmo ano durante o primeiro foco rebelde.

Os rebeldes entraram em acordo com o Governo para uma trégua em 31 de janeiro de 2010, como um passo para iniciar negociações de paz, mas ainda assim os combates ocorrem esporadicamente na região.

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