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Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2011 às 06h40.
Tóquio - A empresa elétrica Shikoku Electric Power anunciou nesta sexta-feira que irá adiar o reinício das atividades de um de seus reatores nucleares na ilha de Shikoku (sul do Japão) devido à oposição das autoridades locais, em meio a um debate sobre a segurança das centrais atômicas.
Segundo os planos iniciais da companhia, o reator 3 da central de Ikata, submetido a uma inspeção de rotina desde 29 de abril, deveria ser reativado no próximo domingo, mas não obteve a autorização das autoridades locais para isso, informou a agência "Kyodo".
O governador da região, Tokihiro Nakamura, detalhou hoje que não irá autorizar a reabertura dessa unidade a menos que se cumpram determinadas condições de segurança e que as comunidades locais deem sua aprovação.
O atraso no reinício das atividades do reator aconteceu depois que as autoridades da cidade de Genkai (sudoeste) retiraram sua autorização para reativar dois dos reatores situados no município.
Os reatores de Genkai seriam os primeiros a voltar às atividades após o desastre de março, mas um surpreendente anúncio do Governo sobre a realização de testes adicionais de segurança em todas as usinas atômicas japonesas fez com que as autoridades locais retirassem sua autorização.
Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu desculpas diante de um comitê parlamentar pela "confusão" que o anúncio provocou nos municípios que abrigam usinas nucleares, informou a cadeia pública "NHK".
No total, 35 dos 54 reatores nucleares do Japão permanecem paralisados após o acidente nuclear de Fukushima, o que gerou uma situação de escassez energética que o país tenta compensar com medidas de economia.