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Real está 6% acima do valor verdadeiro, segundo Índice Big Mac

Pesquisa realizada pela revista The Economist mostra que brasileiros pagam mais pelo sanduíche da rede McDonald's do que americanos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A moeda brasileira está 6% sobrevalorizada em relação ao dólar, de acordo com uma apuração realizada com base em apenas um produto: o Big Mac. A pesquisa, realizada pela revista The Economist, mostra que o sanduíche sai por 3,61 dólares no Brasil - se convertido seu preço para a moeda americana -, mais caro do que os 3,41 dólares pagos pelo mesmo lanche em uma loja da rede McDonald';s nos Estados Unidos.

O Índice Big Mac pesquisou os preços do sanduíche para mensurar a diferença de poder de compra entre 32 países avaliados. De acordo com a revista, o estudo mostra quão distantes as moedas estão de seu valor verdadeiro, com base na teoria da paridade do poder de compra, segundo a qual taxas de câmbio devem convergir para um valor que iguale os preços de uma cesta de produtos em todo o mundo.

Na lista de países avaliados, o Brasil tem o oitavo Big Mac mais caro. Ainda assim, o índice mostra uma valorização do real em relação ao dólar inferior à registrada em 2007: do início do ano até ontem, o dólar perdeu mais de 10% de seu valor em relação à moeda brasileira. Os suíços são os que desembolsam mais para comer o sanduíche: 5,20 dólares. Dinamarca, Suécia, Zona do Euro (considerada a média dos países que formam a região), Grã-Bretanha, Canadá e Turquia também cobram mais do que os brasileiros.

Entre os latino-americanos, o peso argentino tem uma desvalorização de 22%, segundo o índice - o Big Mac é vendido na Argentina por 2,67 dólares. A desvalorização se repete no Chile (em 13%) e no Peru (12%). A Venezuela é o único vizinho brasileiro a cobrar mais pelo sanduíche do que os Estados Unidos, com um preço de 3,45 dólares.

Já o país onde o Big Mac pode ser apreciado pelo menor preço em dólares é a China. Os chineses pagam 1,45 dólar, 58% menos do que os americanos. Segundo a The Economist, é preciso levar em conta as condições locais, como aluguéis e salários mais baixos dos países pobres, ao analisar o índice.

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