A assessoria de Kassab atribuiu o reajuste do início deste ano a um decreto legislativo de 1992, que vincula automaticamente seu salário ao dos deputados estaduais (Prefeitura de SP/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2011 às 09h19.
São Paulo - O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou na sexta-feira um inquérito civil para apurar o aumento salarial do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (sem partido), de R$ 12,3 mil para R$ 20 mil, em fevereiro. A Promotoria vai enviar ofícios à Prefeitura e à Câmara Municipal nos próximos dias para saber oficialmente qual o motivo do reajuste.
Anteontem, novo aumento foi aprovado na Câmara para Kassab, para R$ 24 mil, mas só começa a valer a partir do ano que vem. Na prática, a instauração de um inquérito significa que a apuração feita até agora mostrou que há indícios mais fortes de que haja alguma irregularidade na concessão do aumento de fevereiro.
Após ser questionada pela reportagem na semana passada, a assessoria de Kassab atribuiu o reajuste do início deste ano a um decreto legislativo de 1992, que vincula automaticamente seu salário ao dos deputados estaduais - que foram aumentados em 62% no fim do ano passado.
Depois da publicação da reportagem, a Promotoria instaurou um procedimento preliminar para verificar se há ilegalidades nesse procedimento. No início do ano, a Promotoria já questionou um aumento de 62% que os vereadores haviam dado aos próprios salários, com base em uma resolução da Mesa Diretora da Câmara que também atrela esses vencimentos aos dos deputados estaduais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.