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Raúl Castro ainda tem de escutar Fidel, diz analista chinês

O analista chinês destacou que Fidel Castro segue escrevendo diariamente seus artigos no jornal "Granma", órgão oficial do Estado

"Fidel, embora não tenha cargo no governo, é o líder", afirmou o professor Xu Shicheng, do Instituto de Estudos Latino-americanos da China (Jorge Rey/Getty Images)

"Fidel, embora não tenha cargo no governo, é o líder", afirmou o professor Xu Shicheng, do Instituto de Estudos Latino-americanos da China (Jorge Rey/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 07h37.

Pequim - Fidel Castro não se aposentou e seu irmão Raúl e outros dirigentes ainda precisam escutar suas opiniões em assuntos importantes para o país, afirma um analista chinês ao "China Business News".

"Não é possível dizer que ele tenha se aposentado só pelo fato de ter repassado a Secretaria-Geral do Partido Comunista de Cuba para seu irmão, quem já disse no Congresso recém encerrado que Fidel, embora não tenha cargo no Governo, é o líder", afirmou o professor Xu Shicheng, do Instituto de Estudos Latino-americanos da China.

O analista em Cuba do instituto, pertencente à Academia de Ciências Sociais da China, destacou que Fidel Castro segue escrevendo diariamente seus artigos no jornal "Granma", órgão oficial do comitê central do Partido Comunista de Cuba.

"Isso não significa que Raúl Castro não exerça o poder e que tenha de pedir permissão para Fidel em tudo, que geralmente comenta os assuntos internacionais enquanto dos internos se encarrega Raúl", acrescentou Xu.

Nesta terça-feira, o Governo chinês expressou seu apoio ao plano de reformas econômicas aprovado pelo 6º Congresso do Partido Comunista cubano, dizendo que estas "terão grande importância para o desenvolvimento" da ilha, que conseguirá com sucesso "construir um socialismo com suas próprias características".

As reformas econômicas cubanas, similares às iniciadas pela China há mais de 30 anos (sob a batuta de Deng Xiaoping) buscam "garantir a continuidade e a irreversibilidade do socialismo", segundo a resolução do congresso.

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