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Rato e raposa são vendidos como carne bovina na China

Mais de 900 pessoas foram detidas recentemente na China por fraudes com alimentos


	Vendedora de carne de porco cochila em um mercado de Xangai: entre os casos, havia ainda carne estragada e produtos que continham carne tóxica e perigosa
 (Peter Parks/AFP)

Vendedora de carne de porco cochila em um mercado de Xangai: entre os casos, havia ainda carne estragada e produtos que continham carne tóxica e perigosa (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 10h17.

Pequim - Mais de 900 pessoas foram detidas recentemente na China por fraudes com alimentos, entre elas a venda de ratos e raposas apresentados como carne bovina ou de carneiro, indicou nesta sexta-feira o Ministério da Segurança Pública.

O anúncio da operação, realizada nos últimos três meses, ocorre quando o país ainda guarda na memória os escândalos vinculados à indústria alimentícia tais como o óleo reciclado ou o leite em pó para bebês contaminado com produtos químicos perigosos.

Segundo o site do ministério da Segurança Pública, foram descobertos "382 casos de carne injetada com água, falsa carne de carneiro ou bovina, carne estragada e produtos que continham carne tóxica e perigosa".

"Foram realizadas as detenções de 904 suspeitos, mais de 20.000 toneladas de produtos de carne fraudulentos ou de qualidade inferior" foram confiscados.

Na província de Jiangsu (leste), comerciantes vendiam carne de "carneiro" feita com carne de rato e de raposa, e que receberam ainda produtos químicos. Em Guizhou (sul), outros comerciantes misturavam uma solução de peróxido de hidrogênio com pés de galinha.

O ministério de Segurança de Segurança Pública ressaltou que a operação fazia parte de uma grande investigação sobre segurança alimentar, que inclui a descoberta em março de milhares de porcos flutuando no rio de Xangai ou a venda de óleo de cozinha reciclado.

O escândalo alimentício mais importante dos últimos anos foi provocado pela descoberta em 2008 de melamina em leite em pó para bebês, o que provocou a morte de seis crianças e doenças em cerca de 300.000.

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