Manifestantes tentavam impedir a ratificação da vitória eleitoral de Biden, que foi concluída na madrugada desta quinta-feira (Bill Clark/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 08h00.
Última atualização em 7 de janeiro de 2021 às 09h17.
A polícia de Washington informou que quatro pessoas morreram durante a invasão de apoiadores de Donald Trump ao Congresso dos Estados Unidos. Manifestantes tentavam impedir a ratificação da vitória eleitoral de Joe Biden, que foi concluída na madrugada desta quinta-feira.
Entre os mortos está uma mulher apoiadora de Trump baleada pela polícia. Ex-militar e fervorosa seguidora de Trump, Ashli Babbitt vivia no sul da Califórnia, informou a imprensa americana. Ela foi levada para o hospital, mas não resistiu. O chefe de polícia Robert Contee disse que foi aberta uma investigação para apurar este "trágico acontecimento".
Outras três pessoas, uma mulher e dois homens, morreram de "emergências médicas", informou Contee. A polícia não deu mais detalhes sobre as outras vítimas.
Ao menos 14 polícias ficaram feridos e muitos foram hospitalizados. O chefe de polícia também informou que 52 pessoa foram presas, das quais 47 desrespeitaram o toque de recolher estipulado pela prefeitura de Washington.
Além disso, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, anunciou a prorrogação do estado de emergência por 15 dias até a posse de Biden, em 20 de janeiro, em meio a temores de novas ações violentas por partidários de Trump, que se recusam a reconhecer sua derrota.
Membros do gabinete do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiram a possibilidade de destituir o presidente, informou a mídia americana na noite desta quarta-feira. As discussões centraram-se na 25ª emenda à Constituição dos Estados Unidos, que permite a destituição de um presidente pelo vice-presidente e pelo gabinete se ele for considerado “incapaz de cumprir os poderes e deveres de seu cargo”.
Trump prometeu uma “transição ordenada em 20 de janeiro”, logo após o Congresso ratificar a vitória do democrata Joe Biden. O presidente americano voltou a dizer que discorda do resultado das eleições.