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Quatro observadores da OSCE são libertados na Ucrânia

Observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, sequestrados por rebeldes pró-russos, foram libertados na madrugada de hoje


	Combatente separatista em Donetsk: vítimas foram sequestradas em 26 de maio
 (Viktor Drachev/AFP)

Combatente separatista em Donetsk: vítimas foram sequestradas em 26 de maio (Viktor Drachev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 12h41.

Donetsk - Quatro observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sequestrados em 26 de maio por rebeldes pró-russos foram libertados na madrugada desta sexta-feira (horário local), em um hotel de Donetsk, reduto dos separatistas no leste da Ucrânia.

"Foram libertados sem condições. Trata-se de um dinamarquês, um turco, um suíço e, se não me engano, um estoniano", declarou à imprensa o "primeiro-ministro" da autoproclamada pelos separatistas "República de Donetsk".

Os quatro observadores pareciam cansados e tensos e se recusaram a falar com a imprensa.

"Comemoramos o retorno dos quatro membros da missão depois de 31 dias de ausência", comentou o número dois da missão da OSCE na Ucrânia, Mark Etherington.

"Estamos muito preocupados com o destino dos nossos outros quatro colegas", completou, referindo-se a uma segunda equipe da OSCE mantida refém desde 29 de maio em algum lugar do leste da Ucrânia, por parte de rebeldes pró-Moscou.

Borodaï acrescentou que os observadores da OSCE foram levados por um chefe rebelde da região vizinha de Lugansk.

As lideranças separatistas de Donetsk e Lugansk afirmam, com frequência, que não têm controle em suas regiões de todos os grupos paramilitares que lutam contra as forças ucranianas.

No final do dia, disse Borodaï, os combatentes pró-russos haviam tomado um quartel ucraniano em Donetsk, um reduto rebelde do leste do país, depois de algumas horas de confrontos armados.

Um simpatizante dos separatistas relatou à AFP que pelo menos 200 insurgentes armados deram um ultimato às tropas da unidade da Guarda Nacional para que se rendam e entreguem as armas. Diante da recusa dos militares, os rebeldes começaram a atirar.

"De 200 a 300 homens" estavam na unidade militar, cercada de casas e de bares, acrescentou esse morador de Donetsk.

A Guarda Nacional ucraniana disse ter conseguido repelir o ataque, acrescentando que ninguém ficou ferido. Além disso, negociações já estão em andamento com representantes separatistas.

Apesar do cessar-fogo decretado pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e apoiado por uma das lideranças rebeldes, os combates entre separatistas pró-russos e militares ucranianos continuaram nos últimos dias nesse enclave industrial russófono de Donbass. O número de mortos desde abril já chega a 400.

Nesta quinta, a imprensa ucraniana informou a respeito de um ataque de homens armados contra um aeroporto da cidade de Kramatorsk, perto do reduto pró-Rússia de Slaviansk.

A morte de nove soldados ucranianos na última terça, em um helicóptero derrubado pelos rebeldes, não fez Poroshenko desistir da trégua, que termina nesta sexta. Moscou disse apoiar plenamente uma prorrogação do cessar-fogo, mas Poroshenko ainda não se pronunciou a esse respeito.

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