Quatro empresas brasileiras tentam tirar funcionários da Líbia
Petrobras, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Odebrecht estudam planos para transferir brasileiros das regiões de conflitos
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 16h38.
São Paulo - Quatro empresas brasileiras preparam ações para retirar seus funcionários da Líbia. Ao todo, são quase 400 brasileiros trabalhando para Petrobras, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão, em cidades como Trípoli e Benghazi, onde as manifestações contra o governo do ditador Muammar Kadafi estão mais intensas.
A construtora Odebrecht começou na segunda-feira (21) a retirada de 187 brasileiros, entre funcionários e familiares. Segundo a empresa, eles serão trazidos ao Brasil em voos comerciais e aviões fretados pela própria companhia.
Outra empresa brasileira do setor de construção que atua na Líbia, a Queiroz Galvão, também estuda meios de retirar seus funcionários do país. Cerca de 130 empregados aguardam transferência da cidade de Benghazi. De acordo com o Itamaraty, a companhia chegou a tentar o fretamento de um avião, mas não obteve autorização de pouso do governo da Líbia.
Na terça-feira (22), o governo do Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, começou a negociar com as autoridades líbias a retirada dos funcionários da Queiroz Galvão por meio de um navio contratado pela companhia. A embarcação levaria os brasileiros e outros funcionários expatriados para a Grécia, ou Malta. Segundo informações do Itamaraty, até o início da tarde desta quarta-feira (23), a situação permanecia indefinida.
A Petrobras, que tem sete funcionários brasileiros trabalhando na Líbia, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que monitora a situação e ainda "estuda um plano de retirada". Já a Andrade Gutierrez informa que, no fim de semana, sete trabalhadores brasileiros foram retirados do país e levados para Portugal. Eles devem voltar ao Brasil em voos comerciais. Outros quatro brasileiros que trabalham para a empresa ainda permanecem em território líbio, e não há informações sobre quando eles devem deixar o país.