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Quase metade dos alemães quer renúncia de Merkel

Apenas 15% defendem que a chanceler permaneça mais quatro anos na chefia de governo

Angela Merkel (Sean Gallup/Getty Images)

Angela Merkel (Sean Gallup/Getty Images)

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EFE

Publicado em 30 de dezembro de 2017 às 13h21.

Berlim - Uma pesquisa realizada pelo Instituto Civey para o jornal "Die Welt" indica que 46% dos alemães querem a renúncia imediata da chanceler Angela Merkel.

Outros 17% dos entrevistados afirmam que Merkel deveria renunciar ao comando do governo do país caso haja fracasso nas negociações de janeiro entre grupo parlamentar comandado pela União Democrata-Cristã (CDU) e o Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Martin Schulz, para a formação de uma nova grande coalizão.

Além disso, 8% dos alemães consideram que Merkel deveria deixar o cargo no meio do mandato. Apenas 15% defendem que a chanceler permaneça mais quatro anos na chefia de governo.

O apoio à renúncia de Merkel é maior no leste da Alemanha, onde 54% dos consultados pela pesquisa defendem a renúncia da chanceler. No oeste, 44% querem que a líder da CDU deixe o cargo.

Considerando os partidos com representação parlamentar após as eleições gerais de setembro, os eleitores da Alternativa para a Alemanha (AfD) são, com 87%, os principais defensores da renúncia de Merkel. Na sequência vêm os simpatizantes do Partido Democrático Liberal (FPD), com 58%, e os da Esquerda, com 51%.

No entanto, menos da metade dos sociais-democratas (43%) desejam a saída imediata de Merkel do poder. Entre os eleitores dos Verdes, apenas 28% querem a renúncia da chanceler.

Para a pesquisa, com margem de erro de 2,8%, os alemães foram perguntados se Merkel deveria deixar o cargo de chanceler. O Instituto Civey ouviu 5.120 pessoas entre 28 e 30 de dezembro.

As negociações entre a CDU e o SPD para a repetição de uma coalizão ocorrerão após cem dias de governo interino.

Os diálogos entre conservadores, liberais e verdes, uma aliança batizada como "Jamaica" por causa das cores dos três partidos, não evoluíram após discordâncias entre os grupos parlamentares. EFE

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