Quase 600 mil pessoas vivem em zonas sitiadas na Síria
Das 19 localidades sitiadas, a ONU conseguiu distribuir ajuda em 14, através da Cruz Vermelha Síria e da Cruz Vermelha Internacional
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2016 às 10h59.
Genebra - Quase 600 mil pessoas vivem em zonas sitiadas na Síria , onde já são 19 os locais sob cerco militar que sofrem, em alguns casos, uma situação nutricional muito grave, alertou nesta quinta-feira a ONU .
"Agora temos Al Waer (província de Homs) e lá há 75 mil pessoas e possivelmente é o lugar com a pior situação nutricional de todas as áreas cercadas. Necessitamos chegar Al Waer nos próximos dias", disse o responsável da equipe que coordena os acessos para a entrega de ajuda, Jan Egeland.
Calcula-se que 592 mil pessoas vivem em áreas sitiadas, um aumento que Egeland atribuiu a recentes reavaliações da situação realizadas graças a certa melhora no acesso humanitário na Síria.
Das 19 localidades sitiadas, a ONU conseguiu distribuir ajuda em 14, através da Cruz Vermelha Síria e da Cruz Vermelha Internacional, desde o início de 2016.
Por outro lado, Egeland indicou que a entrega de alimentos na sitiada cidade síria de Daraya, nos arredores de Damasco e onde há 4 mil civis, não será amanhã como estava previsto.
Depois da entrada ontem de caminhões com provisões médicas, esperava-se que na sexta-feira chegasse ajuda alimentícia, "mas isto não ocorrerá amanhã e é decepcionante ter de esperar outro dia".
O responsável não quis precisar as razões deste novo adiamento que afeta uma área rebelde à qual não entrava nenhum tipo de ajuda desde 2012, entre outros motivos pela recusa do governo a dar seu consentimento.
De maneira geral, Egeland considerou que maio foi "um mês muito ruim" quanto ao acesso humanitário na Síria porque "chegamos a poucos lugares, a menos gente do que em abril e março".
No mesmo comparecimento perante a imprensa, o enviado especial adjunto da ONU para a Síria, Ramzy Ramzy, descartou que seja iminente o início de operações áreas para lançar ajuda desde o ar sobre as localidades cercadas.
"Não é algo iminente. Ainda não terminou a avaliação" encarregada ao Programa Mundial de Alimentos, o braço logístico da ONU em questões humanitárias, explicou.
Ramzy lembrou que essa é uma opção muito mais custosa, complicada e perigosa do que os comboios terrestres, mas que conta com o respaldo da comunidade internacional.
Estados Unidos, Reino Unido e França pediram à ONU que comece esses lançamentos o mais rápido possível perante a recusa do governo sírio de respeitar o prazo dado, até 1 de junho, para que permita uma repartição em massa de ajuda no país.
Essa data foi estabelecida pelo Grupo Internacional de Apoio à Síria, formado por 20 potências regionais e mundiais com influência no conflito sírio, que começou há mais de cinco anos e já deixou cerca de 400 mil mortos.
Genebra - Quase 600 mil pessoas vivem em zonas sitiadas na Síria , onde já são 19 os locais sob cerco militar que sofrem, em alguns casos, uma situação nutricional muito grave, alertou nesta quinta-feira a ONU .
"Agora temos Al Waer (província de Homs) e lá há 75 mil pessoas e possivelmente é o lugar com a pior situação nutricional de todas as áreas cercadas. Necessitamos chegar Al Waer nos próximos dias", disse o responsável da equipe que coordena os acessos para a entrega de ajuda, Jan Egeland.
Calcula-se que 592 mil pessoas vivem em áreas sitiadas, um aumento que Egeland atribuiu a recentes reavaliações da situação realizadas graças a certa melhora no acesso humanitário na Síria.
Das 19 localidades sitiadas, a ONU conseguiu distribuir ajuda em 14, através da Cruz Vermelha Síria e da Cruz Vermelha Internacional, desde o início de 2016.
Por outro lado, Egeland indicou que a entrega de alimentos na sitiada cidade síria de Daraya, nos arredores de Damasco e onde há 4 mil civis, não será amanhã como estava previsto.
Depois da entrada ontem de caminhões com provisões médicas, esperava-se que na sexta-feira chegasse ajuda alimentícia, "mas isto não ocorrerá amanhã e é decepcionante ter de esperar outro dia".
O responsável não quis precisar as razões deste novo adiamento que afeta uma área rebelde à qual não entrava nenhum tipo de ajuda desde 2012, entre outros motivos pela recusa do governo a dar seu consentimento.
De maneira geral, Egeland considerou que maio foi "um mês muito ruim" quanto ao acesso humanitário na Síria porque "chegamos a poucos lugares, a menos gente do que em abril e março".
No mesmo comparecimento perante a imprensa, o enviado especial adjunto da ONU para a Síria, Ramzy Ramzy, descartou que seja iminente o início de operações áreas para lançar ajuda desde o ar sobre as localidades cercadas.
"Não é algo iminente. Ainda não terminou a avaliação" encarregada ao Programa Mundial de Alimentos, o braço logístico da ONU em questões humanitárias, explicou.
Ramzy lembrou que essa é uma opção muito mais custosa, complicada e perigosa do que os comboios terrestres, mas que conta com o respaldo da comunidade internacional.
Estados Unidos, Reino Unido e França pediram à ONU que comece esses lançamentos o mais rápido possível perante a recusa do governo sírio de respeitar o prazo dado, até 1 de junho, para que permita uma repartição em massa de ajuda no país.
Essa data foi estabelecida pelo Grupo Internacional de Apoio à Síria, formado por 20 potências regionais e mundiais com influência no conflito sírio, que começou há mais de cinco anos e já deixou cerca de 400 mil mortos.