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Qualidade do ar na China tem forte piora em janeiro e fevereiro

Apesar da piora nas medições do ar, a China afirma estar vencendo a "guerra à poluição" desde que fortaleceu sua legislação ambiental

Poluição: aumento no consumo de carvão e "condições climáticas desfavoráveis" criou grandes concentrações de "smog" no norte da China (Damir Sagolj/Reuters)

Poluição: aumento no consumo de carvão e "condições climáticas desfavoráveis" criou grandes concentrações de "smog" no norte da China (Damir Sagolj/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de março de 2017 às 10h47.

Xangai - A qualidade do ar na China piorou acentuadamente nos dois primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2016, após várias ocorrências do fenômeno conhecido como "smog" --uma mistura de neblina e fumaça-- no norte do país, mostraram dados oficiais publicados nesta sexta-feira.

A China afirma estar vencendo a "guerra à poluição" desde que fortaleceu sua legislação ambiental, aprimorando ferramentas de monitoramento e punindo centenas de empresas poluentes, e diz que a qualidade média do ar melhorou consideravelmente em 2016.

Mais cedo neste mês, o ministro do Meio Ambiente chinês, Chen Jining, exortou os repórteres a se concentrarem nas tendências gerais, que mostram que o país está avançando rapidamente em seus esforços antipoluição, embora ainda existam problemas sérios.

Mas ao longo de janeiro deste ano, o aumento no consumo de carvão devido ao inverno se combinou a "condições climáticas desfavoráveis" para criar grandes concentrações de "smog" no norte da China, obrigando dezenas de cidades da região a emitirem "alertas vermelhos" concebidos para conter a atividade industrial e reduzir o tráfego.

Dados coletados em 338 cidades nos dois primeiros meses de 2017 revelaram que as concentrações de pequenas partículas respiráveis conhecidas como PM2.5, um componente central do smog, aumentaram 12,7 por cento no ano transcorrido, ou para 71 microgramas por metro cúbico, informou o Ministério da Proteção Ambiental em um comunicado.

As cidades chinesas precisam reduzir o PM2.5 para 35 microgramas por metro cúbico para atender os padrões estatais de qualidade do ar.

Dados do ministério também apontaram que a leitura média de PM2.5 na capital Pequim em janeiro e fevereiro chegou a 95 microgramas por metro cúbico, um aumento de 69,6 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

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