Putin prevê vitória e adverte contra interferências
Em um discurso de tom nacionalista, com vários termos militares, o premiê russo chamou seus partidários de "defensores da pátria"
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 10h51.
Moscou - O primeiro-ministro da Rússia , Vladimir Putin, previu nesta quinta-feira a vitória na eleição presidencial de 4 de março, em um comício para 130.000 pessoas em Moscou, no qual advertiu que não aceitará interferências externas nos assuntos russos e chamou seus partidários de "defensores da pátria".
Em um discurso de tom nacionalista, com vários termos militares, convocou os simpatizantes que lotaram o estádio Lujniki: "Hoje, somos defensores da pátria".
"Não permitiremos que ninguém interfira em nossos assuntos internos", completou Putin no discurso por ocasião do "Dia dos Defensores da Pátria", uma festa herdada da época soviética.
Ao mencionar a batalha dos russos contra Napoleão em 1812, Putin afirmou que a "batalha pela Rússia continua, a vitória será nossa".
"Somos uma nação vitoriosa, temos isto nos genes. A grande história é escrita com sangue e suor".
Um total de 130.000 pessoas participou na manifestação de apoio ao primeiro-ministro, favorito para a eleição presidencial de 4 de março.
O evento é considerado, 10 dias antes da votação, a resposta às grandes manifestações organizadas regularmente pela oposição na capital russa desde as polêmicas eleições legislativas de dezembro, vencidas pelo partido do chefe de Governo, Rússia Unida.
Em um breve, mas combativo, discurso, Putin questionou aos simpatizantes: "Quero perguntar, venceremos?", ao que os seguidores, com bandeiras russas e cartazes, responderam em uníssono "Sim".
"Pedimos a todos união ao redor do país, àqueles que consideram a Rússia como sua pátria, os que estão dispostos a protegê-la, os que a amam e acreditam nela", reiterou.
O evento aconteceu no estádio de Lujniki, com capacidade para 80.000 pessoas. O gramado também foi ocupado, assim como as proximidades da arena.
"Vim para apoiar Putin. Desde que ele chegou, temos estabilidade e a Rússia é respeitada no exterior", afirmou Magomed Tadjiev, de 21 anos.
"Não vejo ninguém que possa substituí-lo, não há oposição, apenas Putin no momento", completou.
Com o comício, o regime pretende calar as manifestações da oposição, acusada pelo regime de trabalhar para os ocidentais.
A oposição e a imprensa independente acusaram o regime de pressionar e de pagar funcionários públicos a participar nas manifestações pró-governo.
Algumas pessoas admitiram que compareceram ao comício de maneira forçada.
"As pessoas não vieram de maneira voluntária, e sim forçada. No trabalho afirmaram: 'Aceita'. Amanhã é feriado".
O diretor de campanha de Putin, Stanislav Govorujin, negou as acusações.
"Não obrigamos ninguém, convidamos todo mundo", disse aos jornalistas.
Putin espera ser eleito em 4 de março, depois de quatro anos como primeiro-ministro do presidente Dmitri Medvedev.
Depois de ocupar a presidência entre 2000 e 2008, teve que abandonar o Kremlin porque não poderia concorrer a um terceiro mandato consecutivo.
Moscou - O primeiro-ministro da Rússia , Vladimir Putin, previu nesta quinta-feira a vitória na eleição presidencial de 4 de março, em um comício para 130.000 pessoas em Moscou, no qual advertiu que não aceitará interferências externas nos assuntos russos e chamou seus partidários de "defensores da pátria".
Em um discurso de tom nacionalista, com vários termos militares, convocou os simpatizantes que lotaram o estádio Lujniki: "Hoje, somos defensores da pátria".
"Não permitiremos que ninguém interfira em nossos assuntos internos", completou Putin no discurso por ocasião do "Dia dos Defensores da Pátria", uma festa herdada da época soviética.
Ao mencionar a batalha dos russos contra Napoleão em 1812, Putin afirmou que a "batalha pela Rússia continua, a vitória será nossa".
"Somos uma nação vitoriosa, temos isto nos genes. A grande história é escrita com sangue e suor".
Um total de 130.000 pessoas participou na manifestação de apoio ao primeiro-ministro, favorito para a eleição presidencial de 4 de março.
O evento é considerado, 10 dias antes da votação, a resposta às grandes manifestações organizadas regularmente pela oposição na capital russa desde as polêmicas eleições legislativas de dezembro, vencidas pelo partido do chefe de Governo, Rússia Unida.
Em um breve, mas combativo, discurso, Putin questionou aos simpatizantes: "Quero perguntar, venceremos?", ao que os seguidores, com bandeiras russas e cartazes, responderam em uníssono "Sim".
"Pedimos a todos união ao redor do país, àqueles que consideram a Rússia como sua pátria, os que estão dispostos a protegê-la, os que a amam e acreditam nela", reiterou.
O evento aconteceu no estádio de Lujniki, com capacidade para 80.000 pessoas. O gramado também foi ocupado, assim como as proximidades da arena.
"Vim para apoiar Putin. Desde que ele chegou, temos estabilidade e a Rússia é respeitada no exterior", afirmou Magomed Tadjiev, de 21 anos.
"Não vejo ninguém que possa substituí-lo, não há oposição, apenas Putin no momento", completou.
Com o comício, o regime pretende calar as manifestações da oposição, acusada pelo regime de trabalhar para os ocidentais.
A oposição e a imprensa independente acusaram o regime de pressionar e de pagar funcionários públicos a participar nas manifestações pró-governo.
Algumas pessoas admitiram que compareceram ao comício de maneira forçada.
"As pessoas não vieram de maneira voluntária, e sim forçada. No trabalho afirmaram: 'Aceita'. Amanhã é feriado".
O diretor de campanha de Putin, Stanislav Govorujin, negou as acusações.
"Não obrigamos ninguém, convidamos todo mundo", disse aos jornalistas.
Putin espera ser eleito em 4 de março, depois de quatro anos como primeiro-ministro do presidente Dmitri Medvedev.
Depois de ocupar a presidência entre 2000 e 2008, teve que abandonar o Kremlin porque não poderia concorrer a um terceiro mandato consecutivo.