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Putin e Kim confiam que cúpula contribuirá no processo de desnuclearização

A cúpula é realizada depois do fracasso da reunião entre Kim e Trump, em Hanói, no final de fevereiro

Kim Jong-un e Putin: líder norte-coreano também felicitou o presidente russo por sua reeleição no ano passado, enquanto Putin fez o mesmo por Kim (Shamil Zhumatov/Reuters)
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EFE

Publicado em 25 de abril de 2019 às 05h39.

Vladivostok - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un , confiaram nesta quinta-feira (25), que as conversas que manterão na sua primeira cúpula contribuirão para o processo de desnuclearização da península coreana e a normalização das relações entre Pyongyang e Seul.

"Agradecemos seus esforços para desenvolver o diálogo intercoreano e normalizar as relações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos", disse Putin a Kim, no início da primeira cúpula entre os dois líderes, realizada na Universidade Federal do Distante Oriente, na Ilha Russky.

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O presidente russo expressou seu desejo de que a visita de Kim "sirva para desenvolver as relações bilaterais" e também para "melhor entender como podemos resolver a situação na península coreana, o que podemos fazer juntos, o que a Rússia pode fazer para apoiar os processos positivos que estão acontecendo agora".

"Estou feliz em ver isso na Rússia, nossos colegas concordaram com essa reunião", disse Putin ao líder norte-coreano, que estava sentado ao lado dele em um dos salões da sede da cúpula.

Já Kim Jong-un pediu a Putin que trabalhem em conjunto para explorar formas de resolver o problema da desnuclearização da península coreana.

"A situação na península coreana é de grande interesse para toda a comunidade internacional. Espero que nossas conversas sejam um evento importante para avaliarmos essa situação em conjunto, trocarmos pontos de vista sobre a situação e como resolver esse problema juntos", disse o marechal norte-coreano.

A cúpula é realizada depois do fracasso da reunião entre Kim e Trump, em Hanói (Vietnã), no final de fevereiro.

O líder norte-coreano busca uma desnuclearização gradual que seja acompanhada por um levantamento progressivo de sanções, uma oferta rejeitada por Washington no Vietnã, pois defende um "grande acordo" que passa pela eliminação de todos os programas de armas norte-coreanos, além do atômico, antes de relaxar qualquer sanção.

Putin pede a desnuclearização da península coreana e, portanto, apoiou as sanções no Conselho de Segurança toda vez que aconteceram testes em Pyongyang, mas ao mesmo tempo, apóia o desarmamento passo a passo e oferece garantias de segurança a Kim.

O líder norte-coreano também felicitou o presidente russo por sua reeleição no ano passado, enquanto Putin fez o mesmo por Kim, que assumiu o poder na Coreia do Norte em 2011.

Além disso, Kim Jong-un expressou seu desejo de que a cúpula seja "útil para fortalecer e desenvolver relações tradicionalmente amistosas" e que "elas tenham raízes profundas".

Putin também destacou que "bilateralmente, temos muito a fazer para desenvolver laços comerciais e econômicos, desenvolver contatos humanitários".

O ponto principal da agenda é uma solução pacífica para a questão nuclear na península coreana e os esforços de distensão entre as duas coreias, assim como as relações bilaterais - assuntos políticos, econômicos, culturais e humanitários - e a cooperação para garantir a segurança no nordeste asiático.

Os dois líderes não esperam fazer declarações no final da cúpula, nem assinar acordos, de acordo com o Kremlin.

Putin classificou encontro com Kim como "substancial"

O presidente russo destacou as delegações russas e norte-coreana que durante as quase duas horas de reunião na Universidade Federal do Distante Oriente, na Ilha Russky, onde também discutiram a história das relações entre os dois países e os planos de desenvolvimento para a cooperação bilateral.

Ele também agradeceu a Kim por aceitar o convite para visitar a Rússia, país que compartilha pouco mais de 20 quilômetros de fronteira terrestre com a Coreia do Norte.

O presidente russo lembrou que foi o pai do atual líder do país comunista, Kim Jong-il, que impulsionou a assinatura de um tratado de amizade com a Rússia.

Por sua vez, Kim disse que foi a Vladivostok para discutir "os caminhos para a solução pacífica" do conflito nuclear na península coreana, que, em sua opinião, desperta um "interesse prioritário" no mundo.

Kim, que também descreveu como "muito substancial" a reunião a sós com o chefe do Kremlin, mostrou-se "muito contente" em visitar a Rússia, que descreveu como um país "amigável" e "grande" vizinho.

"Espero que nossas negociações continuem da mesma forma, de maneira útil e construtiva", disse ele.

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