Putin diz que sanções ocidentais são semelhantes a declaração de guerra
Líder russo também alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito
Reuters
Publicado em 5 de março de 2022 às 16h16.
O presidente Vladimir Putin disse neste sábado que as sanções ocidentais contra a Rússia são semelhantes a uma declaração de guerra e alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito.
Putin reiterou que seus objetivos na Ucrânia são defender as comunidades de língua russa através da "desmilitarização e desnazificação" do país para que se tornem neutras.
A Ucrânia e os países ocidentais consideraram isso um pretexto infundado para a invasão que lançada pela Rússia em 24 de fevereiro e impuseram uma ampla gama de sanções com o objetivo de isolar Moscou.
"Essas sanções que estão sendo impostas são semelhantes a uma declaração de guerra, mas graças a Deus não chegou a isso", disse Putin, falando a um grupo de comissárias de bordo em um centro de treinamento da Aeroflot perto de Moscou.
Ele disse que qualquer tentativa de outra potência de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia seria considerada pela Rússia como um passo para o conflito militar. A Otan rejeitou o pedido de Kiev de implementar uma zona de exclusão aérea, alegando que isso aumentaria a guerra para além da Ucrânia.
Putin disse que não havia recrutas envolvidos na operação militar, que ele disse estar sendo realizada apenas por soldados profissionais.
"Não há um recruta e não planejamos que haja", disse Putin. "Nosso exército cumprirá todas as tarefas. Não tenho dúvidas disso. Tudo está indo como planejado."
Putin rejeitou as preocupações de que algum tipo de lei marcial ou situação de emergência possa ser declarada na Rússia. Ele disse que tal medida foi imposta apenas quando houve uma ameaça interna ou externa significativa.
"Não planejamos introduzir nenhum tipo de regime especial em território russo --atualmente não há necessidade", disse Putin.