Putin diz a Erdogan que questão de gasodutos é "ato de terrorismo internacional"
Hoje, a Otan informou que a série de vazamentos nos gasodutos Nord Stream foi resultado de atos de sabotagem
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de setembro de 2022 às 17h37.
Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 17h45.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou nesta quinta, 29, com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, ocasião na qual chamou a situação nos gasodutos do complexo Nord Stream de "sabotagem sem precedentes", e "ato de terrorismo internacional". Segundo comunicado emitido pelo Kremlin, Putin disse que a questão deve ser discutida de forma urgente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Hoje, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou que a série de vazamentos nos gasodutos Nord Stream foi resultado de atos de sabotagem. Além disso, indicou que os ataques à infraestrutura de seus membros seriam recebidos com uma resposta coletiva da aliança militar.
No âmbito entre Turquia e Rússia, no documento notou-se um aumento significativo do volume de negócios do comércio. "Uma avaliação positiva foi dada à interação no setor de energia — no âmbito da implementação de contratos para o fornecimento de gás natural russo à Turquia e a construção conjunta da usina nuclear de Akkuyu", afirma o comunicado.
Putin informou ainda sobre os resultados dos referendos realizados de 23 a 27 em Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhya sobre a adesão à Federação Russa. A votação teve grande rechaço internacional, e uma série de atores indicou que não irá aceitar a anexação das regiões no leste da Ucrânia. Segundo o comunicado, Putin ressaltou "que a votação ocorreu em condições de transparência, em plena observância das normas e princípios do direito internacional".
Ainda "expressou-se o apreço pela contribuição da Turquia para a realização dos acordos de Istambul sobre a exportação de grãos dos portos do Mar Negro e a exportação de produtos agrícolas e fertilizantes russos", segundo o documento. Ao mesmo tempo, "chamou a atenção para a necessidade de implementar este pacote de grãos precisamente em um complexo, incluindo a remoção de barreiras ao fornecimento de alimentos e fertilizantes da Rússia para os mercados mundiais", afirma o comunicado.
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