Putin abre reunião do Brics e pede fim da violência no Oriente Médio
Cúpula se reúne na Rússia até amanhã
Agência de Notícias
Publicado em 24 de outubro de 2024 às 10h06.
Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 10h14.
O presidente da Rússia,Vladimir Putin, abriu nesta quinta-feira a reunião do Brics com os países do Sul Global com um apelo pelo fim da violência no Oriente Médio e alertou sobre o perigo de uma guerra em grande escala.
"As ações militares que eclodiram há um ano na Faixa de Gaza se espalharam para o Líbano, o nível de confronto entre Israel e o Irã também aumentou dramaticamente. Tudo isso lembra uma reação em cadeia e coloca o Oriente Médio à beira de uma guerra em grande escala", declarou em seu discurso na cidade russa de Kazan.
Putin estimou o número de mortos na Faixa de Gaza em mais de 40.000, "a maioria civis", e pediu a reparação da injustiça histórica sofrida pelo povo palestino, que ele considera "a garantia da paz" no Oriente Médio.
O que esperar da cúpula dos Brics que começa nesta terça na Rússia"A principal exigência para a restauração da paz e da estabilidade nos territórios palestinos é a fórmula de dois Estados aprovada pelas resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da ONU", opinou.
O governante russo advertiu que, até que a questão do Estado palestino seja decidida, "o círculo vicioso da violência não pode ser quebrado: as pessoas continuarão a viver em uma atmosfera de crise permanente e inevitáveis surtos de violência em larga escala".
Sobre a Ucrânia, o chefe do Kremlin denunciou que o país vizinho está sendo usado para criar "ameaças críticas à segurança da Rússia".
Putin também pediu uma reforma do Conselho de Segurança da ONU para integrar países africanos, asiáticos e latino-americanos diante do secretário-geral da ONU, António Guterres, que também participa da reunião.
A reunião desta quinta-feira conta com a participação dos líderes dos países integrantes do Brics e de representantes de países que aspiram à adesão e de outros Estados vizinhos, incluindo Venezuela e Bolívia.