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Puigdemont deixa decisão de independência nas mãos do Parlamento

O presidente da região autônoma anunciou que não convocará eleições antecipadas

Carles Puigdemont: afirmação foi feita em pronunciamento uma hora antes da realização de uma sessão no Parlamento catalão (Yves Herman/Reuters)

Carles Puigdemont: afirmação foi feita em pronunciamento uma hora antes da realização de uma sessão no Parlamento catalão (Yves Herman/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de outubro de 2017 às 13h28.

Última atualização em 26 de outubro de 2017 às 14h35.

Barcelona - O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou nesta quinta-feira que não convocará eleições antecipadas e deixou nas mãos do Parlamento autônomo o poder de fazer uma declaração unilateral de independência.

"A atitude do governo espanhol, que propôs a intervenção na autonomia, não justifica a convocação de eleições regionais", disse Puigdemont em pronunciamento uma hora antes da realização de uma sessão no Parlamento catalão para analisar a situação política.

Puigdemont explicou que considerou a possibilidade de convocar eleições, em uma tentativa de esgotar todas as vias para encontrar uma solução dialogada e pactuada da crise, desde que houvesse garantias de que o pleito seria organizado com normalidade.

"No entanto, não há nenhuma dessas garantias para justificar hoje a convocação de eleições parlamentares", disse o líder catalão, em referência à manutenção do plano do governo da Espanha de aplicar o artigo 155 da Constituição para assumir o comando da região.

"É uma aplicação fora da lei, abusiva e injusta, que busca erradicar não só o soberanismo, mas toda a tradição do catalanismo que nos trouxe até aqui. Não aceito essas medidas", afirmou.

Puigdemont disse que correspondente ao Parlamento catalão determinar as consequências da aplicação de 155 contra a região.

A coalizão que apoia Puigdemont, Junts pel Sí, pediu ontem que ele buscasse uma postura "clara e unitária" para aprovar uma declaração de independência no plenário do parlamento.

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