PT e PSDB firmam-se como pólos partidários, diz CSFB
Banco aplicou estatísticas à disputa eleitoral e concluiu que chances de PT reverter sua atual desvantagem para os tucanos na capital paulista é de 43%
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 15h28.
O PT e o PSDB concentram as maiores chances de êxito eleitoral nas capitais nas eleições que ocorrem no próximo domingo (3/10). A avaliação partiu dos analistas do banco Credit Suisse First Boston (CSFB). Pelo relatório, cada um desses partidos é favorito em cinco capitais, enquanto PFL e PMDB devem eleger dois prefeitos de capital, cada um.
Os economistas do banco estudaram 100 eleições brasileiras decididas em dois turnos desde 1989 e concluíram que, em 76% dos casos, o líder no primeiro turno venceu o pleito. "Os dados sugerem que o segundo colocado no primeiro turno só tem chances reais de vitória se sua desvantagem para o líder não ultrapassar dez pontos percentuais", diz o relatório. O modelo desenvolvido pelo CSFB indica, no caso de São Paulo, que a prefeita Marta Suplicy (PT) tem 43% de probabilidade de reverter sua atual desvantagem para o líder nas pesquisas de intenção de voto, José Serra (PSDB). A cidade de São Paulo concentra 6,5% do eleitorado nacional.
A equipe do CSFB ressalva que "política não é estatística" e relembra o caso da vitória de Eduardo Azeredo (PSDB) sobre Helio Costa (PMDB) em Minas Gerais há 10 anos. Naquele pleito, Costa encerrou o 1º turno 21 pontos percentuais à frente do tucano, mas perdeu a eleição, 17 pontos atrás de Azeredo, no 2º turno.
2005
O CSFB registra que o governo federal deverá aproveitar o ano que vem para tocar reformas estruturais sem as agitações de período eleitoral. "Como 2005 será o último ano do governo Lula durante o qual não haverá eleições que possam comprometer o ritmo de votações no Congresso, o governo terá uma oportunidade ímpar de apresentar uma nova e ambiciosa agenda de reformas."
As eleições municipais do próximo domingo iniciam a formação do tabuleiro para a disputa presidencial de 2006 e podem trazer uma expansão de 3% para até 10% dos municípios brasileiros sob o comando do PT.