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Províncias da China contrariam Pequim e visam expansão forte

Províncias da China estabeleceram metas ambiciosas de crescimento para este ano em diante

Províncias da China planejam metas ousadas para 2011 e os próximos anos (Anderson Schneider)

Províncias da China planejam metas ousadas para 2011 e os próximos anos (Anderson Schneider)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 09h29.

Pequim - De Heilongjiang, no nordeste, a Yunnan, no sudoeste, as províncias da China estabeleceram metas ambiciosas de crescimento para este ano em diante, desafiando a meta do governo central de tornar a economia mais sustentável.

Autoridades locais obcecadas com crescimento costumam ter atritos com -- e até desobedecem -- as diretrizes de reforma de Pequim, mas a última onda de tensão vem em um momento particularmente sensível.

O governo central está tentando diminuir a dependência da economia em fábricas poluentes com alto consumo de energia, além de esfriar a disparada da construção de imóveis, que pode resultar em uma bolha.

Esse desejo por moderação deve ser expressado em uma meta de crescimento anual de 7 por cento no plano oficial para 2011 a 2015. O número fica bem abaixo da expansão registrada ano passado, de cerca de 10 por cento.

Mas os governos locais não estão mostrando restrições similares, ainda buscando um crescimento acelerado.

De acordo com propostas publicadas, as províncias de Anhui, Fujian, Chongqing, Guizhou, Heilongjiang, Guangxi e Yunnan gostariam de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) local nos próximos cinco anos, o que geraria um crescimento anual de cerca de 15 por cento.

A Mongólia Interior, que liderou todas as regiões chinesas com crescimento anual médio de 18,7 por cento entre 2002 e 2009, disse que busca "manter o crescimento dos principais indicadores econômicos maior que a média nacional."

Em parte, uma expansão econômica maior em locais como Guizhou e Guangxi, duas das mais pobres províncias chinesas, condiz com o objetivo de Pequim de impulsionar o interior rural e permitir sua equiparação às áreas costeiras.

O problema é que algumas das mais ricas províncias ainda estão estabelecendo metas em números grandes. A província de Jiangsu, no leste da China, propôs uma média anual de 10 por cento para os próximos cinco anos.

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