Criança com os pais na China: o país implementou por décadas a política de filho único, que levou a abortos forçados e infanticídios pelo país (Reuters / Aly Song)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2015 às 07h47.
Pequim - Uma autoridade de planejamento familiar da China disse nesta sexta-feira que o governo central vai deixar as províncias decidirem sobre os detalhes da implementação da nova política que permite aos casais ter dois filhos.
Cerca de 90 milhões de famílias podem ser qualificadas para a nova política de dois filhos, que ajudaria a aumentar a população a um número estimado em 1,45 bilhão até 2030, informou a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar em nota. A China, nação mais populosa do mundo, tinha 1,37 bilhão de pessoas no fim do ano passado.
A nova política, anunciada na quinta-feira pelo Partido Comunista, representa um relaxamento na longa e controversa "política do filho único". Pequim espera que a ação regule a idade da população, que está cada vez mais velha.
A China implementou por décadas a política de filho único, que levou a abortos forçados e infanticídios pelo país.
Recentemente, no entanto, a política foi relaxada, e alguns casais já estavam autorizados a ter um segundo filho. Outros recebem a permissão somente se pagarem uma multa.
Apesar do relaxamento da política na quinta-feira, o governo irá continuar envolvido.
Famílias que desejam ter um segundo filho ainda irão precisar de aprovação, embora eventualmente a comissão irá transferir as aprovações para um sistema de registros, informou o vice-diretor Wang Peian na nota.