Protesto em Caracas: entre os feridos estão seis deputados (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de maio de 2017 às 21h08.
Caracas - Mais de 180 pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira, entre elas seis deputados venezuelanos, pelos atos de violência após um protesto em Caracas que foi convocado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), informaram as autoridades através das redes sociais.
Os opositores iniciaram uma passeata no leste da capital venezuelana rumo à sede do Parlamento, no centro de Caracas, mas foram dispersados com gases e balas de borracha pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada).
O prefeito do município de Baruta, o opositor Gerardo Blyde, indicou através de sua conta no Twitter que os centros de saúde da localidade atenderam hoje "mais de 70 pessoas", que participaram da manifestação "por asfixias e traumatismos".
Por sua vez, o também opositor Ramón Muchacho, prefeito do município de Chacao, disse a jornalistas que houve outros 97 feridos que foram atendidos em sua jurisdição, vizinha de Baruta.
Destes 97 casos, 84 apresentaram traumatismos, nove sofreram asfixia, dois deram entrada com queimaduras e outros dois foram feridos por balas de borracha, de acordo com o balanço do prefeito.
Entretanto, a MUD afirmou, também no Twitter, que os deputados opositores Julho Montoya, Gaby Arellano, Miguel Pizarro, Ivlev Silva, Williams Dávila e Freddy Guevara, primeiro vice-presidente do Parlamento, sofreram lesões durante a mobilização em Caracas.
A plataforma opositora detalhou que Guevara e Montoya sofreram ferimentos pelo impacto de bombas de gás lacrimogêneo, e que ambos foram atendidos em centros de saúde e se encontram fosse de perigo.
Além disso, a MUD reproduziu mensagens que reportavam o ferimento na mão esquerda do deputado Silva, enquanto Pizarro explicou em uma transmissão ao vivo via Periscope que foi ferido pelo impacto de um objeto pontiagudo em um de seus pés.
Por sua vez, o deputado Williams Dávila detalhou, na mesma rede social, que foi atendido em um hospital da capital após apresentar "uma lesão na mão e na perna causadas pela repressão do regime".
Além disso, Lilian Tintori, esposa do opositor detido Leopoldo López, assegurou que a deputada Arellano também foi ferida durante a manifestação, embora não tenha dado detalhes a respeito.