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Protesto contra presidente do Iêmen leva 20 mil às ruas de Sana

No começo de uma jornada denominada "Dia da Ira", anifestantes gritaram palavras de ordem contra a corrupção e instaram à revolução

Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen: manifestantes desconfiam do seu discurso (Marcel Mettelsiefen/Getty Images)

Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen: manifestantes desconfiam do seu discurso (Marcel Mettelsiefen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 06h35.

Sana - Pelo menos 20 mil manifestantes da oposição iemenita iniciaram à primeira hora desta quinta-feira um protesto contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh diante da Universidade de Sana, comprovou a Agência Efe.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a corrupção e instaram à revolução, no começo de uma jornada denominada "Dia da Ira".

Além disso, expressaram desconfiança acerca do discurso do presidente iemenita, que na quarta-feira se comprometeu a congelar as reformas constitucionais que pretendia efetuar para não limitar o número de mandatos presidenciais.

Em mensagem no Parlamento, o líder iemenita disse: "Não à extensão do mandato, não à herança".

Os manifestantes rejeitaram estas promessas com palavras de ordem como "revolução, revolução", "discursos falsos" e "promessas falsas".

Alguns dançaram ao ritmo do tambor enquanto repetiam os mesmos slogans utilizados nas revoltas populares do Egito e da Tunísia.

Segundo fontes da oposição, dezenas de milhares de manifestantes organizaram outras concentrações em distintas províncias do país, como já ocorrera na quinta-feira passada.

O partido governante, por sua vez, enviou milhares de seguidores à praça Tahrir (Libertação), no centro da capital, para expressar apoio ao presidente e ao Governo iemenitas.

A praça seria palco da manifestação convocada pela oposição há dois dias, mas como os governistas ocuparam o lugar na quarta-feira, os grupos opositores decidiram realizar o "Dia da Ira" no campus da Universidade de Sana.

Na quarta-feira, o presidente iemenita convidou a oposição para participar de um Governo de união nacional.

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