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Promotoria pede pena de morte para capitão de ferry

Promotores pediram pena de morte para o capitão do ferry sul-coreano que naufragou em abril


	Guarda-costeira da Coreia do Sul busca sobreviventes do naufrágio do Sewol
 (South Korea Coast Guard/AFP)

Guarda-costeira da Coreia do Sul busca sobreviventes do naufrágio do Sewol (South Korea Coast Guard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h15.

Gwangju - Os promotores pediram nesta segunda-feira a pena de morte para o capitão do ferry sul-coreano "Sewol" que naufragou em abril causando a morte de 300 pessoas.

A promotoria o acusa de ser mentiroso e ter abandonado os passageiros à própria sorte.

Também pediram prisão perpétua para três dos tripulantes de maior hierarquia e penas de prisão de 15 a 30 anos para outros 11.

O julgamento do capitão Lee Joon-Seok e sua tripulação está chegando ao fim.

Lee, de 69 anos, "fugiu do barco sem fazer o menor esforço para resgatar aos passageiros", afirmou a equipe da promotoria em suas alegações ante a corte.

"Buscou desculpas e mentiu. Não demonstrou arrependimento e por isso pedimos que seja condenado à morte", afirmou o promotor.

O ferry de 6.825 toneladas "Sewol" transportava 476 pessoas - em sua maioria estudantes secundaristas que faziam uma excursão - quando afundou perto do litoral sul em 16 de abril.

Apenas 174 pessoas foram resgatadas com vida.

A catástrofe foi considerada o resultado de uma combinação de excesso de carga, design fora dos padrões e péssima navegação, mas as acusações mais graves contra Lee e seus tripulantes estão relacionadas com a forma como os oficiais agiram quando a embarcação começou a ter problemas.

Eles foram os primeiros a subir nos botes de resgate e foram denunciados publicamente por ter abandonado centenas de passageiros que permaneceram a bordo sem ter noção do que estava acontecendo.

A opinião pública ficou ainda mais revoltada quando foi revelado que os tripulantes instruíram os passageiros a permanecer onde se encontravam, enquanto o ferry se inclinava perigosamente.

Segundo a promotoria, esta decisão contribuiu para o elevado número de mortos.

O tribunal deve emitir sua sentença no início de novembro.

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