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Promotoria acusa supostos assassinos de jovem palestino

Promotoria israelense acusou um adulto e dois menores israelenses pelo suposto assassinato de adolescente palestino há duas semanas


	Homenagem aos mortos da Palestina: morte originou graves distúrbios na região
 (REUTERS/Eliseo Fernandez)

Homenagem aos mortos da Palestina: morte originou graves distúrbios na região (REUTERS/Eliseo Fernandez)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 09h30.

Jerusalém - A Promotoria israelense acusou nesta quinta-feira formalmente um adulto e dois menores israelenses pelo suposto assassinato do adolescente palestino há duas semanas que originou graves distúrbios.

A denúncia, que inclui as acusações de assassinato e racismo, foi apresentada esta manhã ao tribunal de distrito de Jerusalém contra um indivíduo de 27 anos e dois menores de 16 cujas identidades permanecem sob segredo, segundo a imprensa local.

De acordo com a acusação, os três assassinaram no dia 1º de julho ao palestino de 16 anos Muhamad Abu Jedeir, do bairro de Shuafat, em Jerusalém Oriental, como vingança pelo desaparecimento e posterior assassinato de três adolescentes judeus dias antes na Cisjordânia.

De acordo com o "Canal 10" da televisão israelense, que teve acesso aos autos, o adulto vive no assentamento de Adam, na Cisjordânia, enquanto um dos menores mora em Jerusalém e o outro em Bet Shemesh, a 20 quilômetros a oeste dessa cidade.

A emissora detalhou que o adulto dirigia o veículo no qual foi sequestrado o adolescente palestino e que os dois menores foram os encarregados de atrai-lo e introduzi-lo no mesmo.

Também diz que os supostos autores do crime, que tinham como objetivo vingar o assassinato dos israelenses, estiveram várias horas em Jerusalém Oriental procurando uma vítima propícia.

A acusação também diz, além disso, segundo o canal, que após avistar Abu Jedeir os agressores exitaram por alguns instantes se abordariam outro suposto palestino que pegava carona na região, por isso que deixaram o adolescente tranquilo durante um tempo antes de finalmente se decidir por ele.

Os acusados sequestraram Abu Jedeir à noite, bateram brutalmente nele dentro do veículo e depois o levaram a uma floresta nos arredores de Jerusalém onde o queimaram.

A autópsia preliminar de seu corpo determinou que o jovem sofreu um forte impacto na cabeça e foi queimado ainda com vida.

Os fatos causaram graves distúrbios em Jerusalém e outras partes da região, e faz parte da cadeia de fatos que conduziram à atual escalada de violência entre Israel e Hamas.

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