Mundo

Produção da Toyota no Japão cai 8,5% em fevereiro

Declínio foi menor do que janeiro, mas queda pode ser maior em março, após o terremoto e o tsunami

Escassez de peças não afetou apenas as grandes montadoras, mas também as pequenas (Getty Images)

Escassez de peças não afetou apenas as grandes montadoras, mas também as pequenas (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 14h39.

Tóquio - As montadoras japonesas Toyota e a Nissan anunciaram uma queda da produção doméstica em fevereiro, mas o declínio foi menor do que o registrado em janeiro. As ações da Toyota fecharam em queda de 1,87%, enquanto as Nissan cederam 1,49% hoje, na Bolsa de Tóquio.

No entanto, as duas maiores montadoras japonesas, bem como a Honda e outras empresas menores do setor, deverão reportar declínios mais acentuados da produção em março, após o Japão ser atingido por um devastador terremoto no dia 11 deste mês. A Toyota afirmou que a sua produção doméstica recuou 8,5% em fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano passado, a 283.556 veículos, após declinar 13% em janeiro.

A companhia retomou a produção de algumas peças na semana passada e disse na terça-feira que reiniciará a operação de algumas linhas de fabricação dos modelos híbridos Prius, Lexus HS250h e Lexus CT200h. Mas há pouco tempo restante neste mês para recuperar a produção perdida desde o desastre.

A Nissan, segunda maior montadora do Japão em volume de vendas, afirmou que sua produção recuou 3,8% em fevereiro, em bases anuais, para 93.432 veículos, depois de cair 5,9% em janeiro. A Nissan retomou algumas linhas de produção de peças e de montagem de veículos nesta semana.

A Honda, a terceira maior montadora japonesa, reportou uma queda de 15,6% da sua produção em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, para 70.346 veículos. A companhia suspendeu a produção de todas as suas fábricas após o terremoto. É improvável que a produção da Honda seja retomada nas suas duas fábricas no país até pelo menos o dia 3 de abril, disse a montadora.

A escassez de peças também levou montadoras japonesas menores, como a Suzuki Motor e a Mazda Motor, a suspenderem as operações no país. Ambas as companhias estão se preparando para retomar as atividades de produção.

A Suzuki afirmou que retomará parte das operações das suas linhas de montagem doméstica e de motores na segunda-feira e terça-feira, antes de decidir na quarta-feira se a produção total poderá ser retomada. A Mitsubishi Motors declarou que reiniciará as operações de duas fábricas amanhã, após planejar inicialmente retomar as atividades de uma instalação. Uma terceira fábrica voltará a operar na segunda-feira, levando a produção para plena capacidade de novo.

O impacto do terremoto sobre a produção poderá prolongar-se nos próximos meses, visto que o vazamento de radiação e quedas de energia ocorridas desde o terremoto paralisaram a maior parte das instalações de produção de automóveis do país.

As perdas totais de produção para todas as montadoras japonesas poderão atingir 450 mil veículos até o final do março, prevê Michael Robinet, a diretor da empresa de pesquisa IHS Automotive. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaAutoindústriaDesastres naturaisEmpresasEmpresas japonesasIndústriaIndústrias em geralJapãoMontadorasNissanPaíses ricosTerremotosToyota

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano