Mundo

Procuradores de países do Mercosul apoiam colega venezuelana

Os procuradores do bloco "rejeitam qualquer pretensão de remoção" da procuradora venezuelana "por fora dos canais legais e constitucionais"

Luisa Ortega: a destituição da procuradora só pode ser decidida pela Assembleia Nacional (Marco Bello/Reuters)

Luisa Ortega: a destituição da procuradora só pode ser decidida pela Assembleia Nacional (Marco Bello/Reuters)

A

AFP

Publicado em 30 de junho de 2017 às 21h28.

Procuradores dos países do Mercosul rejeitaram nessa sexta-feira as ameaças da situação venezuelana de destituir a procuradora-geral, Luisa Ortega, citada a comparecer à corte na terça-feira, em uma audiência que decidirá se ela será submetida a julgamento.

Os procuradores do bloco "rejeitam qualquer pretensão de remoção" da procuradora venezuelana "por fora dos canais legais e constitucionais", disse o comunicado divulgado pelo Ministério Público da Venezuela.

O pedido do deputado chavista Pedro Carreño, o Tribunal Supremo Tribunal de Justiça (TJS), acusado de servir ao governo, aceitou na quarta-feira avaliar a possibilidade de denunciar a procuradora, proibida de sair do país e com bens e contas bancárias congelados.

Carreño argumenta que a procuradora "mentiu" ao dizer que não havia aprovado a seleção de 33 magistrados, que segundo ela foram designados irregularmente pelo anterior Parlamento de maioria chavista, em dezembro de 2015.

A destituição da procuradora só pode ser decidida pela Assembleia Nacional, atualmente controlada pela oposição.

No documento, os procuradores consideraram "fundamental que se respeite a autonomia e independência do Ministério Público venezuelano no legítimo exercício de suas funções" e pediram respeito a "seu direito à defesa".

Além disso, "rejeitam qualquer ato de assédio, perseguição e ameaça que possar colocar em risco a integridade pessoal da procuradora e de seus familiares, assim como dos funcionários que integram o Ministério Público venezuelano".

A resolução em apoio a Ortega foi emitida nesta sexta-feira em uma reunião em Buenos Aires de Ministérios Públicos de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai -que fazem parte do bloco- e que contou com a participação dos procuradores-gerais de Chile e Peru, países associados.

Acompanhe tudo sobre:MercosulNicolás MaduroOposição políticaProtestosVenezuela

Mais de Mundo

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Discurso de Trump não empolga e foco volta para possível saída de Biden; veja episódio

Telão da Times Square fica escuro após apagão cibernético; veja vídeo

Mais na Exame