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Procura é alta, mas candidatos ignoram site Ficha Limpa

Desde que entrou no ar em 29 de julho, o site Ficha Limpa (www.fichalimpa.org.br) já recebeu a visita de cem mil internautas, mas o número de candidatos cadastrados é pequeno: apenas 35. Destes, dois são candidatos a governo estadual - Fernando Gabeira (PV-RJ) e Soraya Tupinambá (PSOL-CE) -, 27 à Câmara e seis ao Senado, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Desde que entrou no ar em 29 de julho, o site Ficha Limpa ( www.fichalimpa.org.br ) já recebeu a visita de cem mil internautas, mas o número de candidatos cadastrados é pequeno: apenas 35. Destes, dois são candidatos a governo estadual - Fernando Gabeira (PV-RJ) e Soraya Tupinambá (PSOL-CE) -, 27 à Câmara e seis ao Senado, entre eles Raul Jungmann (PPS-PE), Cadu Valadares (PV-DF) e Marcelo Cerqueira (PPS-RJ). Nenhum dos candidatos à Presidência da República efetuou o cadastro.

Há 75 pedidos de cadastramento ainda não aceitos por problemas na documentação exigida pelo site. Também houve seis denúncias referentes à falta de atualização nas prestações de conta. Segundo a administração do site, os candidatos fizeram a atualização após o contato. Não houve nenhum caso em que um candidato foi descadastrado.

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O Instituto Ethos, que lançou o site, e organizações que integram o Ficha Limpa vão encaminhar uma nova carta aos partidos e aos presidenciáveis para que se cadastrem no site, que propõe aos candidatos a prestação de contas voluntária de suas campanhas eleitorais, informando semanalmente a origem e o montante dos recursos obtidos, bem como os gastos realizados.

Dessa forma, os políticos poderiam se antecipar à legislação eleitoral, que divulga a prestação de contas apenas 30 dias após o término do pleito.

O site também permite ao internauta questionar o teor das informações dos candidatos registrados mediante a apresentação de documentos comprobatórios. As possíveis denúncias são recebidas pelo administrador do endereço e encaminhadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o Instituto Ethos.

Os candidatos podem, então, ser incluídos numa lista de "rejeitados" em quatro situações: se a Justiça Eleitoral recusar seu registro de candidatura, se houver alguma condenação por órgão colegiado, se ele já tiver renunciado para evitar cassação e no caso de ele não cumprir a prestação de contas semanal exigida pelo site.

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