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Primeiro-ministro palestino diz que sai por governo de unidade

Salam Fayyad disse que não é um entrave para a reconciliação entre Fatah e Hamas

Salam Fayyad, primeiro-ministro da ANP, aceita ser substituído em um governo de unidade (Rick Gershon/Getty Images)

Salam Fayyad, primeiro-ministro da ANP, aceita ser substituído em um governo de unidade (Rick Gershon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 14h54.

Jerusalém - O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, pediu às formações políticas palestinas que estejam de acordo sobre um novo chefe de governo que o substitua em um Executivo de unidade.

Fayyad fez esta declaração em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal palestino 'Al Quds', editado em Jerusalém, na qual ele rejeita ser considerado um obstáculo para a reconciliação entre o partido nacionalista Fatah, e o movimento islamita Hamas, assinada em maio no Cairo, mas pendente de aplicação.

'É hora de arquivar o dossiê de reconciliação', declarou Fayyad ao jornal. 'Nunca fui um obstáculo à reconciliação, embora às vezes possa ser empregado como pretexto para seguir com a divisão', acrescenta.

O ministro faz referência à divisão política entre os dois movimentos palestinos majoritários, Fatah, que governa na Cisjordânia, e Hamas, na Faixa de Gaza. As declarações acontecem antes que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e o chefe do birô político do Hamas, Khaled Mashaal se reúnam no Cairo em data ainda a ser definida.

Após o pacto de reconciliação em maio, Abbas propôs que Fayyad continuasse como primeiro-ministro do governo de unidade que devia ser formado em virtude do acordo, iniciativa que o Hamas rejeitou.

Já Fayyad assegurou ao jornal que a criação de um Estado palestino não pode prosperar sem a reconciliação e defendeu que após ela ser conquistada, a liderança palestina deve apresentar um novo pedido para seu ingresso como estado membro na Organização das Nações Unidas.

Em setembro, Abbas solicitou o ingresso como estado membro da ONU, mas o comitê de admissões não chegou a um consenso sobre esta questão. 

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