Presos palestinos fazem greve por prisioneiros em risco
Cerca de 800 detentos realizam greve de fome em solidariedade a três presos que não comem há muito tempo
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 11h32.
Jerusalém - Cerca de 800 detentos palestinos em penitenciárias israelenses realizam nesta terça-feira uma greve de fome de um dia em solidariedade aos três reclusos que correm alto risco por não comer há muito tempo.
De acordo com a Sociedade de Prisioneiros Palestinos (SPP), os reclusos nas prisões israelenses de Nafha, Ramon e Eshel lançaram sua ação de protesto para pressionar a Autoridade de Prisões Israelenses (API) para que atenda as reivindicações dos presos em greve de fome de longa duração, informou a agência "Ma'an".
A porta-voz da API, Sivan Weizman, disse à Agência Efe que 500 presos palestinos nas prisões de Eshel e Ramon "devolveram suas refeições" hoje, embora não possa assegurar que cumprem rigorosamente uma greve de fome de um dia.
Os movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica, a Frente Popular para a Libertação da Palestina e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina anunciaram que tomarão parte na ação de protesto solidária, segundo a SPP.
A situação de três grevistas, entre os quais se encontram Samer Isawi - que está há 200 dias sem ingerir comida sólida - gerou protestos nas ruas de Belém, Hebron e Ramala, onde se produziram manifestações de apoio popular.
Isawi foi libertado por Israel em 2011, durante o acordo de troca pelo soldado Gilad Shalit - prisioneiro do grupo islamita Hamas em Gaza - no qual foram libertados 1.027 palestinos.
Foi detido um ano depois e acusado de ter violado a limitação que pesava sobre ele de não sair de Jerusalém.
O ministro para os Prisioneiros da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Issa Qaraqe, advertiu que a situação pode levar a uma nova revolta popular contra a ocupação israelense.
Na sexta-feira passada, centenas de palestinos protestaram ao longo da Cisjordânia em solidariedade com os presos em greve de fome e se registraram choques com as forças de segurança israelenses.
Além de Isawi, os presos Tareq Qaadan e Jafar Azzidine estão há mais de 80 dias rejeitando a comida.
O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, pediu ontem com urgência em carta à chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, para intervir de maneira urgente para ajudar a libertar presos palestinos em prisões israelenses.
Erekat acrescentou que "o comportamento ilegal das forças de ocupação israelense, e em particular as leis draconianas contra os palestinos, incluindo a denominada "detenção administrativa", permitiu a Israel, a potência ocupante, encarcerar cerca de 800 mil mulheres e homens palestinos, incluindo menores e idosos, desde o começo da ocupação, em 1967".
O representante advertiu que, se algum dos prisioneiros morrer pela greve de fome que realizam para protestar contra sua situação, "responsabilizaremos plenamente Israel de sua morte e à comunidade internacional parcialmente responsável por permitir que Israel atue com semelhante impunidade manifesta".
Jerusalém - Cerca de 800 detentos palestinos em penitenciárias israelenses realizam nesta terça-feira uma greve de fome de um dia em solidariedade aos três reclusos que correm alto risco por não comer há muito tempo.
De acordo com a Sociedade de Prisioneiros Palestinos (SPP), os reclusos nas prisões israelenses de Nafha, Ramon e Eshel lançaram sua ação de protesto para pressionar a Autoridade de Prisões Israelenses (API) para que atenda as reivindicações dos presos em greve de fome de longa duração, informou a agência "Ma'an".
A porta-voz da API, Sivan Weizman, disse à Agência Efe que 500 presos palestinos nas prisões de Eshel e Ramon "devolveram suas refeições" hoje, embora não possa assegurar que cumprem rigorosamente uma greve de fome de um dia.
Os movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica, a Frente Popular para a Libertação da Palestina e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina anunciaram que tomarão parte na ação de protesto solidária, segundo a SPP.
A situação de três grevistas, entre os quais se encontram Samer Isawi - que está há 200 dias sem ingerir comida sólida - gerou protestos nas ruas de Belém, Hebron e Ramala, onde se produziram manifestações de apoio popular.
Isawi foi libertado por Israel em 2011, durante o acordo de troca pelo soldado Gilad Shalit - prisioneiro do grupo islamita Hamas em Gaza - no qual foram libertados 1.027 palestinos.
Foi detido um ano depois e acusado de ter violado a limitação que pesava sobre ele de não sair de Jerusalém.
O ministro para os Prisioneiros da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Issa Qaraqe, advertiu que a situação pode levar a uma nova revolta popular contra a ocupação israelense.
Na sexta-feira passada, centenas de palestinos protestaram ao longo da Cisjordânia em solidariedade com os presos em greve de fome e se registraram choques com as forças de segurança israelenses.
Além de Isawi, os presos Tareq Qaadan e Jafar Azzidine estão há mais de 80 dias rejeitando a comida.
O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, pediu ontem com urgência em carta à chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, para intervir de maneira urgente para ajudar a libertar presos palestinos em prisões israelenses.
Erekat acrescentou que "o comportamento ilegal das forças de ocupação israelense, e em particular as leis draconianas contra os palestinos, incluindo a denominada "detenção administrativa", permitiu a Israel, a potência ocupante, encarcerar cerca de 800 mil mulheres e homens palestinos, incluindo menores e idosos, desde o começo da ocupação, em 1967".
O representante advertiu que, se algum dos prisioneiros morrer pela greve de fome que realizam para protestar contra sua situação, "responsabilizaremos plenamente Israel de sua morte e à comunidade internacional parcialmente responsável por permitir que Israel atue com semelhante impunidade manifesta".