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Presidente egípcio muda data de eleições

Mudança ocorre após protestos da comunidade copta, os cristãos do Egito, cujas importantes festividades coincidem com o início do pleito

O presidente emitiu um decreto modificado a data das eleições legislativas, "atendendo aos pedidos dos irmãos cristãos" (AFP/ Fayez Nureldine)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2013 às 17h28.

O presidente egípcio, Mohamed Mursi , modificou a data das eleições legislativas, após protestos da comunidade copta, os cristãos do Egito, cujas importantes festividades coincidem com o início do pleito, anunciou a presidência em comunicado, este sábado.

O presidente emitiu um decreto modificado a data das eleições legislativas, "atendendo aos pedidos dos irmãos cristãos", explicou o comunicado.

A primeira das quatro fases do escrutínio, que abrange os moradores de cinco províncias, entre as quais o Cairo, será celebrada nos dias 22 e 23 de abril ao invés de 27 e 28 do mesmo mês, com um segundo turno previsto em 20 e 30 de abril ao invés de 4 e 5 de maio.

Segundo o calendário copta, os dias 27 e 28 de abril correspondem ao fim de semana de Ramos e 4 e 5 de maio, ao da Páscoa.

O escrutínio permitirá substituir a câmara baixa do Parlamento egípcio, dissolvido em junho de 2012, após uma decisão da Suprema Corte que anular as eleições legislativas precedentes.

Muitos coptas consideram que Mursi e seus aliados islamitas querem marginalizá-los com o argumento de boatos persistentes, desmentidos pelas autoridades eleitorais, de que eles foram interditados de votar em algumas seções de votação nas eleições passadas.

O bispo Morcos, uma personalidade importante da Igreja copta, afirmou que a celebração do primeiro turno na data das festas coptas "afetaria a taxa de participação" dos cristãos, segundo o jornal independente Al-Masry Al-Youm.

A Irmandade Muçulmana, movimento do qual o presidente é egresso, afirmou por sua vez que esperava a alteração da data.

Os coptas, que constituem de 6% a 10% dos 82 milhões de egípcios, têm sido alvo de vários ataques nos últimos anos, que agravaram seu sentimento de insegurança, apesar das garantias das autoridades.

As alterações também vão antecipar de dois a três dias as datas previstas para as outras três fases do escrutínio. A nova Assembleia do Povo eleita deverá, portanto, celebrar sua primeira reunião em 2 de julho e não no dia 6 daquele mês.

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O presidente egípcio, Mohamed Mursi , modificou a data das eleições legislativas, após protestos da comunidade copta, os cristãos do Egito, cujas importantes festividades coincidem com o início do pleito, anunciou a presidência em comunicado, este sábado.

O presidente emitiu um decreto modificado a data das eleições legislativas, "atendendo aos pedidos dos irmãos cristãos", explicou o comunicado.

A primeira das quatro fases do escrutínio, que abrange os moradores de cinco províncias, entre as quais o Cairo, será celebrada nos dias 22 e 23 de abril ao invés de 27 e 28 do mesmo mês, com um segundo turno previsto em 20 e 30 de abril ao invés de 4 e 5 de maio.

Segundo o calendário copta, os dias 27 e 28 de abril correspondem ao fim de semana de Ramos e 4 e 5 de maio, ao da Páscoa.

O escrutínio permitirá substituir a câmara baixa do Parlamento egípcio, dissolvido em junho de 2012, após uma decisão da Suprema Corte que anular as eleições legislativas precedentes.

Muitos coptas consideram que Mursi e seus aliados islamitas querem marginalizá-los com o argumento de boatos persistentes, desmentidos pelas autoridades eleitorais, de que eles foram interditados de votar em algumas seções de votação nas eleições passadas.

O bispo Morcos, uma personalidade importante da Igreja copta, afirmou que a celebração do primeiro turno na data das festas coptas "afetaria a taxa de participação" dos cristãos, segundo o jornal independente Al-Masry Al-Youm.

A Irmandade Muçulmana, movimento do qual o presidente é egresso, afirmou por sua vez que esperava a alteração da data.

Os coptas, que constituem de 6% a 10% dos 82 milhões de egípcios, têm sido alvo de vários ataques nos últimos anos, que agravaram seu sentimento de insegurança, apesar das garantias das autoridades.

As alterações também vão antecipar de dois a três dias as datas previstas para as outras três fases do escrutínio. A nova Assembleia do Povo eleita deverá, portanto, celebrar sua primeira reunião em 2 de julho e não no dia 6 daquele mês.

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