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Presidente do Peru pede na ONU respeito ao 'direito humano à alimentação'

O presidente peruano defendeu um "cessar-fogo" na guerra e o início das negociações entre Moscou e Kiev

Castillo vestia terno e gravata, algo incomum para ele, e ao contrário do ano passado, quando falou pela primeira vez na Assembleia Geral, não estava usando o chapéu branco dos camponeses de sua região natal (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2022 às 08h06.

Última atualização em 21 de setembro de 2022 às 08h06.

O presidente do Peru, Pedro Castillo, pediu nesta terça-feira (20) que se respeite o "direito humano à alimentação", facilitando as exportações de grãos ucranianos e fertilizantes russos, em um discurso na Assembleia Geral da ONU.

"É necessário dar continuidade ao acordo que permite a exportação de cereais da Ucrânia e (...) fazer arranjos para normalizar as exportações russas de fertilizantes, cuja carência está sufocando os agricultores mais pobres do mundo em desenvolvimento", disse.

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“É essencial evitar que as sanções econômicas afetem a segurança alimentar; em última análise, é um problema que se refere ao respeito ao direito humano à alimentação”, acrescentou o presidente de esquerda.

A escassez de fertilizantes e outros problemas decorrentes da guerra entre a Rússia e a Ucrânia estão prejudicando os produtores agrícolas peruanos e estimularam um forte aumento nos preços dos alimentos no país.

Em agosto, os preços dos alimentos subiram 1,71%, em média, no Peru, e a inflação anualizada chegava a 8,4%, números não vistos em três décadas no país, que aflige as famílias mais pobres.

O presidente peruano defendeu um "cessar-fogo" na guerra e o início das negociações entre Moscou e Kiev, e também destacou que "o Peru reconhece plenamente o direito da Argentina às Ilhas Malvinas".

Castillo vestia terno e gravata, algo incomum para ele, e ao contrário do ano passado, quando falou pela primeira vez na Assembleia Geral, não estava usando o chapéu branco dos camponeses de sua região natal, Cajamarca, que serviu como seu símbolo na campanha eleitoral que o levou ao poder há 14 meses.

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