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Presidente do Peru nomeia membro de seu partido como primeiro-ministro

Guido Bellido, de 42 anos, é membro do partido marxista Peru Livre, que levou o socialista Castillo à Presidência para um governo de cinco anos

Analistas dizem que o partido Peru Livre pode se tornar um foco de pressão sobre Castillo (ERNESTO BENAVIDES/AFP/Getty Images)

Analistas dizem que o partido Peru Livre pode se tornar um foco de pressão sobre Castillo (ERNESTO BENAVIDES/AFP/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 29 de julho de 2021 às 18h06.

O presidente peruano, Pedro Castillo, nomeou o parlamentar governista Guido Bellido como primeiro-ministro nesta quinta-feira, um sinal da pressão que o partido de esquerda pode exercer sobre o novo chefe de Estado.

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Bellido, de 42 anos, é membro do partido marxista Peru Livre, que levou o socialista Castillo à Presidência para um governo de cinco anos.

O novo chefe de gabinete, natural da região andina de Cusco e que falava a língua indígena quíchua quando fez o juramento para o cargo, é pouco conhecido no meio político de Lima, é mestre em economia e trabalhou para o órgão estatal de estatística.

A nomeação foi anunciada por Castillo na região andina de Ayacucho, onde o presidente fez novo juramento ao cargo de forma simbólica na Pampa de la Quinua, palco da batalha que há dois séculos selou a independência do Peru.

Analistas dizem que o partido Peru Livre pode se tornar um foco de pressão sobre Castillo para que impulsione reformas de esquerda mais radicais, principalmente na economia, após mais de três décadas de políticas favoráveis ​​ao mercado que transformaram o país em um porto relativamente seguro na volátil América Latina.

Castillo havia anunciado na quarta-feira, em sua primeira mensagem ao país como governante, que buscará uma reforma da Constituição que permita um referendo e convoque uma assembleia para redigir uma constituição que substitua a de 1993.

Bellido é considerado um colaborador próximo do fundador do partido no poder, o médico Vladimir Cerrón, um admirador dos governos de esquerda de Cuba, Venezuela e Bolívia, que não pôde se candidatar à Presidência devido a uma condenação por corrupção. É provável que nomeação de Bellido assuste ainda mais os investidores.

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