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Presidente da CPMI tira de pauta convocação de governadores

Os estados governados por Perillo, Agnelo e Cabral têm contratos com a Delta, que está sob suspeita de ter sido utilizada por Cachoeira para lavar dinheiro

A CPMI do Cachoeira foi criada para investigar as relações do empresário com agentes públicos e privados (Agência Brasil)

A CPMI do Cachoeira foi criada para investigar as relações do empresário com agentes públicos e privados (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 17h05.

Brasília - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tirou de pauta o requerimento para convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para prestarem depoimento.

Com isso, a CPMI adiou mais uma vez a decisão de convocar os governadores para ouvi-los a respeito das relações deles com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e com a empresa Delta Construção.

Os estados governados por Perillo, Agnelo e Cabral têm contratos com a Delta, que está sob suspeita de ter sido utilizada por Cachoeira para lavar dinheiro. Além disso, o empresário, que controlava um esquema de jogos ilegais em Goiás, teria relações pessoais com funcionários de alto escalão dos governos de Marconi Perillo e Agnelo Queiroz.

Vital do Rêgo se apoiou em questão de ordem, levantada na audiência de hoje (29) da CPMI, que questionava se a comissão parlamentar tem prerrogativa para convocar governadores. O presidente da CPMI preferiu então aguardar um parecer jurídico por escrito, antes de recolocar o assunto em pauta.

Mais cedo, os parlamentares que compõem a comissão aprovaram o nome do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) para ser o vice-presidente da CPMI. Eles analisam agora os requerimentos que pedem a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da Delta Construção em todo o país. Na última semana, foi aprovada a quebra dos sigilos da Delta Centro-Oeste.

A CPMI do Cachoeira foi criada para investigar as relações do empresário com agentes públicos e privados. Carlos Ramos é acusado, entre outras coisas, de explorar jogos ilegais, praticar corrupção ativa de funcionários públicos, lavar dinheiro por meio de empresas fantasmas e fraudar licitações para que a Delta Construção fosse beneficiada com contratos públicos.

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