Presidente da Coreia do Sul pede desculpas por desastre
Desastre com a balsa matou cerca de 300 pessoas em abril, a maior parte delas crianças
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 09h45.
Seul - Com lágrimas nos olhos, a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, formalmente pediu desculpas nesta segunda-feira pelo desastre com a balsa que matou cerca de 300 pessoas em abril, a maior parte delas crianças , e disse que punirá a guarda costeira por ter fracassado no cumprimento de sua obrigação.
Park vem sendo alvo de ampla contestação nacional por causa da resposta do governo ao pior desastre marítimo civil da Coreia do Sul em 20 anos, e pela aparente lenta e ineficaz operação de resgate.
Pesquisas mostram que o apoio a Park caiu mais de 20 pontos percentuais desde o desastre de 16 de abril. “Eu peço desculpas à nação pela dor e sofrimento que todos sentiram, pois o presidente deve ser responsável pela segurança e pelas vidas das pessoas”, disse Park em um discurso nacional televisionado, seu primeiro desde que a balsa Sewol virou e afundou com 476 pessoas, entre passageiros e membros da tripulação.
Pelo menos 286 pessoas morreram e 18 permanecem feridas. Apenas 172 foram resgatadas. Dos passageiros, 339 eram crianças e seus professores em uma excursão nos arredores de Seul.
Park prometeu reformas para melhorar a fiscalização, assim como uma dura punição para funcionários públicos e empresas cuja negligência coloque a vida de pessoas em risco.
- 1. Naufrágio
1 /19(KIM HONG-JI/Reuters)
São Paulo - A embarcação Sewol naufragou às 9h de hoje no horário local (21h de ontem no horário de Brasília) a cerca de 20 quilômetros da ilha de Byeongpyung, no sudoeste da Coreia do Sul . A balsa, que tinha como destino a ilha de Jeju, levava 459 pessoas embarcadas, sendo 325 delas estudantes da Danwon High School. Até o momento, há cerca de 290 pessoas desaparecidas por conta do naufrágio . A seguir, veja as fotos do acidente .
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Onze helicópteros e 22 embarcações estão sendo empregados na operação de resgate.
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Dos 459 passageiros, 325 eram estudantes da Danwon High School, de acordo com a agência EFE.
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Os estudantes e professores que estavam no Sewol partiam para uma viagem escolar de quatro dias em Jeju, destino turístico na Coreia do Sul.
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Além dos alunos, 14 professores da Danwon High School estavam no Sewol.
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De acordo com as autoridades sul-coreanas, este pode ser o maior desastre marítimo no país desde 1993.
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O choque da embarcação com rochas teria sido a razão do naufrágio, segundo o jornal inglês The Guardian.
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Até o momento, foram registradas duas mortes. As vítimas fatais foram uma mulher de 27 anos e um homem ainda não identificado.
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De acordo com a Bloomberg, países como os EUA já estão enviando apoio às equipes de resgate. Os americanos contam com embarcações de patrulha na região.
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O governo da Coreia do Sul informou que cerca de 290 passageiros ainda estão desaparecidos. Na foto, mulher se emociona ao encontrar o nome do filho entre os resgatados.
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As equipes de salvamento já conseguiram salvar 164 pessoas que estavam na balsa.
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A balsa Sewol partiu ontem do porto de Incheon às 21h do horário local (9h do horário de Brasília).
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A embarcação tinha como destino a ilha de Jeju e cumpria este percurso duas vezes por semana.
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"Felizmente, eu pude pular antes de afundar, como muitos outros", afirmou à Bloomberg o estudante Hyeong Min, um dos sobreviventes do naufrágio.
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Segundo as autoridades, o primeiro pedido de socorro foi feito pela tripulação da embarcação às 9h de hoje no horário local (21h de ontem no horário de Brasília).
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Serviços de notícia locais afirmam que a neblina vinha dificultando as operações de resgate pela noite. Porém, a visibilidade melhorou na manhã de hoje.
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As vítimas resgatadas com vida estão sendo levadas para um ginásio - onde também estão sendo reunidas informações sobre o naufrágio.
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De acordo com The Guardian, a moça de cerca de 20 anos morta no naufrágio fazia parte da tripulação do navio. Ela morreu no hospital.
19 /19(YONHAP/Reuters)
Construída em 1994, a embarcação Sewol tinha capacidade para até 921 pessoas.